sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O QUE ESCOLHER: O sacrifício da Lei ou obediência a Cristo?





É impossível encontrar na Bíblia Sagrada, uma base verdadeira para cobrança de dízimo dos cristãos, mas pelo contrário, a orientação da Palavra de Deus é para que nenhum cristão troque a sua liberdade espiritual pela maldição da servidão da Lei.

 No Novo Testamento existem apenas quatro textos que mencionam o dízimo. Entre estes quatro, dois são paralelos, isto é, relatam a mesma situação: Mateus 23.23 e Lucas 11.42; os outros dois estão em Lucas 18.12 e Hebreus 7.2-9.
E o que fica bem evidente nestes textos, é que nenhum deles se refere à dízimo de cristão.
Observemos Mateus 23.23 e Lucas 11.42 respectivamente transcritos a seguir:
    1º) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas” (Mt 23.23).
     2º) “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas e não deixar as outras” (Lc 11.42).
Neste caso, podemos claramente entender que ao finalizar Seu comentário, Jesus diz que eles deveriam continuar dando o dízimo e, inclusive, não se omitirem de praticar os demais mandamentos da Lei (o mais importante dela).
Porém, aí vem a seguinte pergunta: A quem Jesus estava dirigindo Suas Palavras e qual o teor Destas Palavras? Sem dúvida compreendemos que Jesus se dirigia aos escribas e fariseus, e não a cristãos (como muitos afirmam); tanto, que Jesus não os tratou pelos seus próprios nomes, mas pelo título da sua religião.

Esses homens, vivendo o judaísmo regido pela Lei, confiavam na sua própria justiça e capacidade, no que tange à guarda da Lei. Apresentavam-se a Jesus nas condições de perfeitos, ostentando hipocritamente grande santidade e confiança nas suas próprias obras de justiça; enquanto isso não aceitavam a autoridade divina de Jesus.
Em Lucas 16.15, Jesus disse-lhes: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”.
Observa-se que a tendência dos fariseus era permanecer debaixo da Lei, desconhecendo a Graça de Cristo.
E mesmo não existindo no homem a capacidade para guardar a Lei, Deus não proíbe ninguém de entrar por esse caminho, quando a pessoa faz questão de estar debaixo da Lei; mas nesse caso, então, exige dela a perfeição na prática de toda a Lei (Tg 2.10):
 “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.
Foi exatamente essa cobrança que Jesus fez aos fariseus, se quisessem entrar pela Lei (se achando em condições de guardá-la), o caminho estava aberto, porém, que não fossem hipócritas, ou seja, que não fossem somente dizimistas, mas que não desprezassem o mais importante da Lei:
O juízo, a misericórdia e a fé” (Mt 23.23).
O juízo e o amor de Deus” (Lc 11.42).
Conclusão: deveriam guardar toda a Lei sem tropeçar em um só ponto (Tg 2.10; Gl 5.2-3).
Se alguém argumenta que estas palavras não foram dirigidas a fariseus, mas sim a cristãos, pelo fato de Jesus ter incluído o juízo, a misericórdia e a fé, obras estas praticadas pelo cristianismo, vale lembrar que muitas obras do cristianismo estão incluídas na dispensação da Lei, como por exemplo:
Não adulterarás, não matarás, não darás falso testemunho, amarás a Deus sobre todas as coisas, etc.

O que essas pessoas não entendem é que a Lei é ampla, contendo muitas obras do cristianismo e muito mais, como:
circuncisão, dízimos, guarda de dias meses e anos, sacrifícios de animais, abstinência de manjares, etc. etc.

Paulo dá as características da preciosidade da Lei, dizendo: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom”, (Rm 7.12). Porém havia nela ordenanças divinas que ao homem é impossível realizá-las.

Tanto que Paulo disse: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Rm 7.14).
Podemos afirmar que a Lei é santa porque veio de Deus (Lv 18.5); tão boa que Jesus a consumou (Jo 17.4); e tão justa que Cristo nos salvou pela realização do seu cumprimento (Mt 5.17).
Vale salientar que aquele que quiser viver debaixo da Lei (se achando capaz de guardá-la) não pode desprezar o mais importante dela: O juízo, a misericórdia e a fé.
Veja que Paulo fala aos Gálatas, dizendo: “E de novo protesto a todo homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei” (Gl 5.3).
Essa “toda a Lei” que Paulo fala que deve guardar o homem que se deixa circuncidar, obviamente inclui o principal dela:
o juízo, a misericórdia e a fé; pois fazem parte da dispensação da Lei, mas nem por isso o cristão deve se circuncidar; pois está escrito:

Se o crente se circuncidar, Cristo de nada aproveitará 

Gálatas 5.2

Paz Seja Contigo!

4 comentários:

  1. nossa é uma luta constante, pois não é fácil reconhecer o que não é seu mediante as dificuldades imposta pelo adversário, mais sejas fieis no pouco que sobre o muito Deus nós porá.

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    1. Prezada Lilian, recebi seu comentário, entretanto, não compreendi a sua real opinião sobre o dízimo.
      Gostaria que você refizesse seu comentário de forma mais clara; e se possível, informasse qual a sua posição no cristianismo neotestamentário.

      Paz Seja Contigo!

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  2. Olá Vaso, voltei para tentar ser mais clara na minha resposta, peço desculpa de ante mão pela confusão que lhe causei, mais o que pretendi dizer e devemos sim nos esforça para sermos dizimista fiel, mesmo com as dificuldades imposta em nossas vidas, ou seja, enfrentamos um situação financeira brasileira tão precária que em muitas ocasiões deixamos de dar os nossos dizimos para pagar uma conta exemplo, e dai não nós damos contar que por isso abrimos ai uma brecha para a pata do devorado entrar, e isso vai indo ate perdemos todo o controle e quando voltamos em si, deixamos de devolver o que é de Deus e voltamos ao estado anterior, de fracasso e desequilíbrio, dai devemos estar sempre em sintonia com Deus e vigilante para que isso não ocorra vem então a importância de ler artigos publicados como o seu para melhor ampliar os nossos entendimento.
    Hum espero que tenha sido mais clara, se não mais uma vez me perdoe, lembrando o meu relacionamento com Deus é sério, posso afirma que sou a noiva aguardando o Noivo ( sou casada com Cristo) kkkkkkk, sou evangélica para Honra e Glória do nome de Jesus. Paz do Senhor.

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    1. Olá irmã Lilian, parece que agora sou eu quem precisa esclarecer melhor o meu entendimento em relação ao dízimo; todavia ficou claro para mim a sua sinceridade na forma de contribuição, por isso não sei se desejo que a irmã continue na fiel ingenuidade quanto ao pagamento de dízimo na Igreja de Cristo, assim como eu também estive sinceramente enganado. Ou por outro lado, que a verdade do Evangelho de Cristo que nos liberta de todo jugo da Lei, venha também alcançá-la em toda a sua plenitude. O que me leva a desejar que os seus olhos espirituais sejam abertos no tocante a contribuição, já que a forma adotada pelos líderes de congregações embasado em Malaquias 3, tem até proporcionado estabilidade financeira aos dirigentes eclesiásticos, contudo a membresia tem se empobrecido por falta do verdadeiro pastoreio espiritual.

      Quero esclarecer mais um equívoco usado para defesa desse tal imposto, que é afirmativa que Mateus 23. 23, é Novo Testamento, O QUE NÃO É VERDADE!

      O fato do episódio está registrado na parte bíblica (editorial) do Novo Testamento, não muda o fato que a passagem ocorreu na vigência do Velho Testamento, pois o Senhor Jesus estava cumprindo toda a Lei (inclusive a do dízimo), para então iniciar a Nova Aliança em Seu sangue. Nesta mesma passagem, o Senhor exortou severamente os escribas e fariseus dizimistas, os quais deveriam cumprir a Lei do dízimo de forma não hipócrita, ou seja sem negligenciar a parte da viúva, dos órfãos e do estrangeiro.

      Também quero enfatizar que nenhum dos apóstolos da Nova Aliança adotou o dízimo, muito menos o Ap. Paulo, chamado pelo próprio Senhor Jesus para discipular a igreja gentílica, ou seja, NÓS, os não judeus; pelo que o Espírito Santo por meio de Paulo, doutrinou a Igreja de Cristo a praticar ofertas de justiça proposta pelo coração.

      Como se segue:
      Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. [1ª Cor. 9. 7].

      Analisando suas palavras, pareceu-me que a irmã criou uma teoria sobre o dízimo, na qual consta de alguém que não consegue administrar suas finanças e passa a não cumprir o pagamento deste imposto da Lei levítica.

      Quero informar a irmã que, mesmo que sincera em sua forma de contribuição pela Lei (já cumprida por Jesus na Cruz do Calvário); não obstante, ao julgar a todos por sua teoria, equivoca-se em seu juízo de valor; por isso sugiro que visites o meu post, no qual relato a minha experiência com o dízimo, conforme link abaixo:

      MINHA EXPERIÊNCIA COM O DÍZIMO

      Paz Seja Contigo,
      JC de Araújo Jorge

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