quarta-feira, 25 de setembro de 2013

IGREJA QUE COBRA DÍZIMO PODE PERTENCER A DEUS ? - PARTE 1





Alguns ministros religiosos, ao aceitarem falsos princípios, afastam-se da realidade do Evangelho e passam a valorizar mais seus dogmas de doutrina do que a própria Palavra de Deus.
E Deus, então, para coibir tal heresia dentro de Sua Igreja, trata de corrigi-los.


Alguns defensores do dízimo têm me feito a seguinte pergunta: “muitas das igrejas que cobram dízimo têm sido reconhecidas pelo Espírito Santo (segundo a Sua operação no seu interior), como igrejas de Deus, juntamente com seus obreiros; poderia, então, uma obra de maneira errada ser praticada por uma Igreja de Deus?

Como você explica isto?”.
Então eu, em resposta a estes, posso afirmar, pela correta interpretação que recebi da parte de Deus (pelo Espírito Santo que me foi dado), que, sem dúvida e isento de hipocrisia, também reconheço que muitas das igrejas que cobram dízimo são igrejas de Deus, e inclusive seus ministros; porém, isto não significa que tais ministros não estejam errando nesta área!

Quando Deus repreende Seus obreiros, é exatamente pelo fato de existir erro dentro de Sua Igreja.
As sete igrejas da Ásia, as quais Jesus enviou cartas através do apóstolo João, também eram igrejas de Deus, e inclusive seus ministros, porém, cinco delas receberam fortes repreensões da parte de Jesus por algumas das suas obras não terem sido achadas corretas diante de Deus.

E as igrejas, cujas cartas continham repreensões da parte de Jesus, foram advertidas para que seus ministros se corrigissem dos seus erros e permanecessem em pé diante de Deus.

Observemos a carta à Igreja de Éfeso:
Apocalipse 2. 1-7
“1 Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, e anda no meio dos sete castiçais de ouro:
2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.
3 E sofreste, e tens paciência, e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.
4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
5 Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.
6 Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.
         É claro que o erro da Igreja de Éfeso não tinha nada a ver com o dízimo; até porque sabiam, de primeira mão, que não deveriam cobrar dízimo; mas, o que podemos observar é que era uma Igreja de Deus e seu ministro também; tanto que todas as suas obras estavam corretas diante de Deus, com exceção de uma.

E foi por esta única obra que não estava agradando a Deus, que Jesus estava tomando providência contra o seu ministro (o anjo da Igreja), para livrar o seu povo de uma queda espiritual.
Quanto ao erro da cobrança do dízimo nas igrejas de hoje, nota-se que nestes últimos tempos Deus tem tomado providências para corrigir seus ministros que praticam essa indevida cobrança.

O DÍZIMO NÃO É UMA COBRANÇA?

Muitos defendem a prática do dízimo no cristianismo, afirmando erroneamente que o dízimo não é uma cobrança (não é um pagamento obrigatório), mas sim uma contribuição voluntária.

Mas isto não é verdade. O dízimo não seria uma cobrança, se não fosse acompanhado de influência espiritualmente legalista; mas esta não é a realidade de sua prática, pois se tratando de dízimo, já é, obviamente, prefixado 10% e cobrado sob o rigor da Lei.

Quem convive no meio evangélico sabe disto. Eu, por exemplo, ao longo dos 28 anos que sirvo a Deus, venho acompanhando a atitude de algumas lideranças religiosas em relação à prática do dízimo, e presenciando constantes pressões que são feitas em relação a essa cobrança, as quais têm, na verdade, avaliada as qualidades espirituais dos seus fiéis pelo pagamento de dízimo.


Ao invés de ensinarem o povo a amar a obra de Deus, ou seja, a contribuir inspirado pelo amor, acham mais fácil e confortável (para si mesmos) ensinarem o povo a ter medo das ordenanças do Antigo Pacto, sob ameaça da maldição da Lei, levando o povo a contribuir para sentir o alívio de um peso obrigatório (para o resgate de uma dívida para com Deus), rejeitando assim o que foi estabelecido pelo Espírito da Graça.

A verdade é que, a maioria das igrejas fecha as portas de seu convívio espiritual para aqueles que não derem no mínimo 10% de suas rendas.
Para confirmação de tudo isto, observe o que nos últimos tempos estão ensinando em relação ao cristão que não pode pagar o dízimo, ou que por fidelidade ao Espírito da Graça não for dizimista:


1º: Está roubando a Deus.


2º: É amaldiçoado.


3º: Não pode estar em comunhão com o povo de Deus.

Diante de tudo isso, muitos ainda têm a coragem de dizer que isto não é uma cobrança. A verdade é que, nas entrelinhas, a mensagem da pregação do dízimo é esta: “Não é obrigatório, mas espontâneo, porque você tem livre escolha: dar o dízimo, ou viver em maldição”.
Conclusão: o dízimo é, com certeza, cobrado pelo rigor da Lei, mas aplicado no cristianismo sob o disfarce de contribuição voluntária. 
A cobrança do dízimo no cristianismo é um jugo que tem causado sofrimento e angústia para muitos cristãos, e até tem impedido que muitas pessoas se integrem à Igreja.

Muitos, ao crerem no Evangelho, não se aliam às igrejas por causa do dízimo, isto é, por não sentirem espiritualidade na sua cobrança; enquanto outros se desintegram das igrejas por não resistirem tal carga nos seus ombros.
Esse jugo tem feito com que muitos cristãos enfraqueçam na fé; pois quando alguém encontra impossibilidade de apurar os 10% do que ganha para poder contribuir em forma de dízimo, o tal é reputado, pelos pregadores de dízimos, como ladrão e amaldiçoado.

Pois ganhando pouco e procurando saldar seus compromissos para manter sua honestidade social e sua integridade espiritual, nem sempre consegue levar aos seus líderes os 10%, mesmo sentindo no coração grande desejo de contribuir.

 Impossibilitado de levar esse valor, deseja levar o que pode, mas é impedido pelo pregador legalista que diz que 10% deve ser o mínimo, e que seria injusto levar menos, apontando para a Ordenança da Lei do Antigo Pacto mencionada em Malaquias 3.8-10, para dizer que o tal é ladrão e amaldiçoado.

Então este cristão acaba não levando nada; e quando vai orar, aquela acusação do pregador soa injustamente nos seus ouvidos: “Você é ladrão e amaldiçoado”, desanimado na fé e julgando-se sem condição de servir a Deus, acaba se desintegrando da Igreja.

Porém, tais pregadores, com certeza, vão prestar contas com Deus pelo prejuízo espiritual que têm causado à vida desses cristãos, pois nesse sentido, o apóstolo Paulo expressamente declara:
“Aquele que destruir o templo de Deus que sois vós, Deus o destruirá” (1 Co 3.17).
Portanto, pregadores de dízimos, não destruam por causa do dinheiro aqueles por quem Cristo morreu.
Temos acima um real exemplo do pobre que vive oprimido por não conseguir apurar 10% do seu salário (o dízimo) para cumprir a exigência de seus respectivos líderes.


CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO POST

Paz Seja Contigo!

9 comentários:

  1. Falou toda a verdade amado irmão.

    Depois de servir 25 anos a Assembleia de Deus com fidelidade nesse quesito, aprouve a Deus que meu salário atrasasse por um problema financeiro na empresa que sou gerente. Como não recebi, eu ia pagar com o que esse "imposto"? Foi o suficiente para ser taxado de ladrão, infiel entre outros. Fui pra bíblia estudar as 34 menções de dizimo na Bíblia (25 no At e 09 no NT) e descobri que eu não era o ladrão. Passei a compartilhar meus conhecimentos com os demais irmãos e arrumei a maior encrenca da minha vida de cristão. Perdi minhas funções como obreiro e fui proibido de pregar e subir nos púlpitos. Não abandonei a denominação por causa de muitos irmãos que nos apoiam.

    Dirigentes que ousaram me dar oportunidade de pregar nos cultos perderam seus cargos. Um pastor auxiliar que me acolheu em sua igreja está ameaçado de perde-la por minha causa.

    Assim funciona esse maldito sistema religioso, mas Deus vai trazer tudo isso a juízo.

    Continuemos defendo a ortodoxia da Palavra, pois esta é a nossa misssão.

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  2. O dizimo é um imposto imposto pelos homens.Nenhum de nós pode exigir ou cobrar das ovelhas de Jesus algo que nem Ele nem seus discipulos exigiram. Se querem mesmo cumprir Malaquias, então saibam que a Casa de Deus hoje é o cristão. Entregue o dizimo a um irmão pobre e assim estará cumprindo a dita lei.

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  3. um assunto polêmico, abordado de forma inteligente; gostei!

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  4. Bela contribuição prestas ao Reino de Deus, a Verdade é a única ferramenta que traz libertação aos crentes oprimidos pela lei e também pelo deus Mamon.

    Um forte abraço.
    Jadiel Gomes - BA

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  5. O CRISTÃO NÃO É OBRIGADO A DAR O DÍZIMO, NEM POR MEDO DO “DEVORADOR” (CITADO EM MALAQUIAS 3:11) OU DE SER AMALDIÇOADO, PORQUE O DÍZIMO É UM MANDAMENTO DA LEI JUDAICA, ALÉM DISSO, NENHUMA CONDENAÇÃO HÁ PARA OS QUE ESTÃO EM CRISTO E ELE JÁ NOS ABENÇOOU COM TODAS AS BÊNÇÃOS NAS REGIÕES CELESTIAIS (ROMANOS 8:1 E EFÉSIOS 1:3). NEM ROUBA A DEUS O CRISTÃO QUE NÃO DÁ O DÍZIMO… NÃO TEMOS O DEVER DE CHAMAR DE LADRÃO A QUEM JESUS LIBERTOU, SE ELE CONTRIBUI COM 0% OU 100% É UMA ATITUDE PESSOAL, ELE É LIVRE PARA DECIDIR. JESUS CONDENOU A ATITUDE DOS JUDEUS ESCRIBAS E FARISEUS QUE DIZIMAVAM ATÉ O COMINHO E NÃO OFERTAVAM O SEU AMOR AO PRÓXIMO (MATEUS 23:23). INFELIZMENTE, MUITOS CRISTÃOS TÊM REPETIDO ESTA MESMA ATITUDE.
    NÃO HÁ UM SÓ VERSÍCULO NO NOVO TESTAMENTO, QUE REGISTRE A OBRIGATORIEDADE DO CRISTÃO DIZIMAR.

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  6. Acredito que assim como nós a igreja tem suas despesas para manutenção e o dizimo deve ser impregado para esses encargos.

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    Respostas
    1. Prezada irmã Bell, o fato de existir despesas no templo não justifica o uso indevido do dízimo levítico da lei, lei essa que nunca aperfeiçoou coisa alguma, mas só demonstrou pela sua forma legalista (Mateus 23. 23) o que o ser humano tem de pior, quando quer justificar-se pela lei em detrimento da Salvadora Graça de Cristo.

      Quanto as eventuais despesas para os templos neotestamentários; o apóstolo Paulo, o qual é o discipulador da igreja gentílica e por conseguinte não judaica na qual nos incluímos, tem todas as orientações para a prática de ofertas de justiça:

      CADA UM CONTRIBUA SEGUNDO TIVER PROPOSTO NO CORAÇÃO, NÃO COM TRISTEZA OU POR NECESSIDADE; PORQUE DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA ( 2 Co 9. 7).

      Portanto, contrariando toda a lógica, a insistência da prática de recebimentos de dízimos da lei, apesar de proporcionar estabilidade financeira aos dirigentes eclesiásticos, tem empobrecido a espiritualidade da Igreja de Cristo de forma tal que, o amor ao próximo tem sido negligenciado e substituído pelo amor ao dinheiro, pela adoração ao deus Mamon, trazendo com isso muitas mazelas (máculas e rugas) a Noiva do Cordeiro.

      Oremos pois, para que o Senhor da Igreja, a saber Jesus Cristo, venha restaurar o amor e a santidade do Seu povo para o grande Dia do arrebatamento que breve virá!

      Paz Seja Contigo!

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  7. MUITO BOA SUA POSTAGEM QUE DEUS O ABENÇOE GRANDEMENTE

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