terça-feira, 29 de janeiro de 2013

COMO RECEBER AS BÊNÇÃOS FINANCEIRAS? Parte 2

   



   O  MEDO  DA  DERROTA

Muitos sofrem com medo de não conseguir o que precisam, e até de perder o que já conseguiram. O medo não é outra coisa senão a transgressão da fé.

O medo significa: perder a confiança nas promessas de Deus. E essa falta de confiança produz ansiedade, insegurança, e acaba bloqueando o fluir das bênçãos de Deus nas suas vidas.


Veja o que diz Jesus, concernente aos que têm medo de não conseguir o que necessitam:

25 Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer e pelo que haveis de beber, nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido?

26 Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e o vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

28 E, quanto ao vestido, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam;

29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?

31 Não andeis pois inquietos, dizendo: que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestimos?

32 Porque todas estas coisas os gentios procuram. De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;

33 Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6. 25-33).



Em primeiro lugar, devemos examinar se estamos realmente de acordo com a vontade de Deus, declarada por Jesus no texto acima, ou seja, se estamos empenhados na busca do Reino de Deus e na realização da Sua justiça.
Depois de constatadas estas duas virtudes nas nossas vidas, devemos, sobretudo, confiar que Deus contempla os nossos passos, que conhece o nosso deitar, o nosso levantar, e inclusive, todas as nossas necessidades, e que todas estas coisas que precisamos nos serão acrescentadas.

Devemos crer na constante presença de Deus na nossa vida e no Seu poder de suprir todas as nossas necessidades; pois está escrito: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” (Ag 2. 8).

É necessário que confiemos na Onisciência, Onipresença e Onipotência de Deus. O salmista Davi, inspirado nesta confiança, declarou: “O Senhor é meu pastor; nada me faltará” (Sl 23. 1).
 O apóstolo Paulo, pela mesma inspiração, afirmou: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4. 13). Aquele que teme não está na fé.



 O  OBJETIVO  DE  CONTRIBUIÇÃO

Mesmo contendo nas Escrituras Sagradas grandes e gloriosas promessas de bênçãos para o contribuinte, o nosso principal objetivo não deve ser de receber, mas de ajudar.
 O retorno financeiro não é o principal. Sobretudo, temos que priorizar a justiça e o amor. Pois está escrito: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6. 33).

A orientação do versículo acima é para que o nosso objetivo final não seja o retorno financeiro, mas sim, de suprir as necessidades da obra de Deus.

Aliás, em termos de recompensa, acima da financeira, temos a Eterna (a coroa da justiça) que é a melhor recompensa. Porque o que recebemos em bens materiais, só podemos desfrutar durante este tempo exíguo em que vivemos na carne, mas o que recebemos para depois da ressurreição, permanecerá eternamente conosco.
 E muitas recompensas por sinal, não se recebem aqui, mas na eternidade.

Quanto à recompensa eterna, temos um glorioso exemplo narrado pelo Evangelista Lucas no capítulo 14, do versículo 12 ao 14, quando  Jesus, ao instruir o povo a que convidasse os pobres e demais necessitados quando oferecesse um jantar ou uma ceia, citou a recompensa eterna, dizendo:
“Eles não tem com que te recompensar, mas recompensado te será na ressurreição dos justos”.

Paulo, cheio de sabedoria espiritual e visando a glória da recompensa eterna, declarou:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, e guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia” (II Tm 4. 7-8).



A  IMPORTÂNCIA  DA  CONTRIBUIÇÃO

A contribuição financeira, dada e aplicada de maneira correta, produz efeitos tão agradáveis a Deus, de forma a ser registrada em Memória Divina. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 10, versículos 1 ao 4, encontra-se um relato do anjo de Deus dirigido à Cornélio, dizendo:
“As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus”.

Aliás, em todas as áreas da obra de Deus que esta contribuição for devidamente aplicada, produzirá efeitos espirituais, seja para custear obreiros integrados na obra, para construção de casas dedicadas a obra de Deus, etc. e, inclusive, quando investida na Assistência Social, pois tal obra demonstra mais facilmente o amor de Deus derramado no coração do Seu povo, proporcionando grandes e gloriosos efeitos na propagação do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; pois esta obra aumenta as possibilidades dos que são ajudados, sendo incrédulos, de se converterem a Cristo; e sendo cristãos, renderem graças a Deus pela liberalidade dos nossos dons para com eles
 (2ª Co 9. 12-14).


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge



COMO RECEBER AS BÊNÇÃOS FINANCEIRAS? Parte 1





PARA QUE AS PROMESSAS DE BÊNÇÃOS DA PARTE DE DEUS, REFERENTES À CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA, SE REALIZEM EM NOSSAS VIDAS, DEVEMOS CONTRIBUIR IMPULSIONADOS PELO AMOR,
 NÃO PELO LEGALISMO.

EM SUMA: DEVEMOS AGIR PELO PROPÓSITO DO CORAÇÃO, NÃO PELA LEI DO DÍZIMO.


Neste capítulo, para que se manifeste ainda mais a importância de ofertar, passarei a abordar os seguintes temas:                                        

1º -   Promessas  de  Bênçãos.

2º -  O  Medo  da  Derrota.  

3º -  O  Objetivo  de  Contribuição.
4º -  A  Importância   da  Contribuição.



PROMESSAS  DE  BÊNÇÃOS

“Dai e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo” (Lc 6. 38).

A prática de ofertar para suprir qualquer necessidade enquadrada no plano de Deus, não é somente a lei do dever, mas é, principalmente, a lei da felicidade; pois além de solucionar os problemas para os quais buscamos solução, ainda recebemos as bênçãos de Deus, as quais o Senhor tem prometido àqueles que, com um coração puro e generoso, ofertam de maneira liberal.
Contribuir liberalmente proporciona resultados generosos.

Algumas pessoas chegam a dizer: “nunca contribuo porque nada tenho”, ao invés de dizer: “Nada tenho porque nunca contribuo”. O apóstolo Paulo ensina que: “o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (II Co 9. 6). Com base neste ensinamento, podemos acrescentar que: o que nada semeia, nada também ceifará.

O cristão cheio do Espírito Santo tem o coração dotado de caridade, é frutuoso, e na hora de contribuir sempre encontra um saldo no seu bolso. Para ele contribuir, não precisa estar debaixo de uma lei, mas diante das necessidades. E Deus, então, cumpre as Suas promessas sobre ele, derramando abundantes bênçãos.

Aliás, para que as promessas de bênçãos da parte de Deus, sobre contribuição financeira, se concretizem em nossas vidas, devemos contribuir motivados pelo amor, não pelo legalismo.

Abel alcançou graça e prosperou diante de Deus, agradando-O com suas ofertas voluntárias.

As diferenças de bênçãos entre Abel e Caim não se deram com base em dízimo, ou seja, por um ter dado menos quantidade e outro ter dado mais, mas sim pelas motivações de ambos. Com certeza não foi pela quantidade que a oferta de Caim não foi aceita diante de Deus, mas pela qualidade. Em resumo, por falta de amor a Deus.

Enquanto Abel procurava, entre o seu rebanho, o que era mais precioso para ofertar ao Senhor, Caim, certamente, reservava aquilo que para ele era de segunda qualidade (do que não interessava muito a ele), e por este motivo Deus não atentou para a sua oferta.

Isto quer dizer: Caim não foi correspondido em bênçãos; pois sabe-se que, ofertar do que é de segunda qualidade (do que temos), é reputado diante de Deus como prática do mal. Confira: Malaquias 1. 7-8, e Levítico 22. 20.

Porém, Abel, com o coração ardendo de amor a Deus e na intenção de Lhe oferecer algo valioso, separava uma oferta das primícias do seu rebanho (dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura, Gn 4. 4). E por este glorioso motivo, Deus atentou para Abel e para a sua oferta.

Observemos que, quando a Bíblia fala sobre a oferta de Caim, refere-se simplesmente a uma oferta (nada mais do que uma oferta), mas, quando fala sobre a oferta de Abel, refere-se à qualidade da oferta, dizendo que Abel levou dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Foi na qualidade da oferta que Abel expressou o seu amor a Deus.

Para Abel, com certeza, o gozo de oferecer algo a Deus era muito maior do que o de possuir o rebanho. Ele ofertava com tanto amor que, certamente, nem levava em conta que isso podia ser-lhe revertido em bênçãos; o seu grande objetivo era servir ao Senhor. Por este motivo ele oferecia o melhor.

Portanto, quando o amor é puro, sincero e verdadeiro, sempre é oferecido o melhor. Deus, ao contemplar a humanidade caída e caminhando para o abismo por não ter condição própria de salvação, e sabendo Ele que era necessário enviar alguém para a salvação do homem, procurou entre o Reino celestial (entre os Seus), o melhor para oferecer pela salvação humana.

E o melhor era Jesus, o Seu Filho. E foi Ele que Deus ofereceu pelo nosso resgate. Motivo este que, no Evangelho Segundo João 3.16, encontramos a gloriosa frase sobre a maior oferta do mundo, dizendo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3. 16).



Amados irmãos, embora sabendo que no cristianismo as ofertas têm efeitos diferentes das ofertas praticadas por Abel e Caim (pois as ofertas do cristão devem ser oferecidas à obra de Deus, e não oferecidas em sacrifícios a Deus), porém, diante desta abundante graça de Jesus e deste tão grande amor do nosso Deus, qual tem sido o nosso propósito para contribuir com a Sua obra? Ofertar da sobra?..., do mais inferior?..., ou das primícias das nossas rendas?...

Porém, isto fica à critério do sentimento de cada um, conforme está escrito: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co 9. 7).

Falando em PROMESSAS DE BÊNÇÃOS, vale lembrar que, existem muitas promessas de bênçãos para os cristãos, referentes a contribuição financeira realizada pela lei da liberdade e com propósito de coração, porém, nenhuma relacionada a dízimo.

Na Bíblia Sagrada não existe nenhuma promessa de benção para o cristão, referente a dízimo (a pagamento de dízimo, entrega de dízimo, devolução de dízimo; como queira).

O que acontece, é que muitos instrutores religiosos, por falta de conhecimento apropriado das Santas Escrituras, pegam as promessas de bênçãos que acompanham a contribuição espontânea do cristão, ou seja, as promessas referentes à contribuição realizada pela lei da liberdade (sem percentual máximo nem mínimo) e, por conta própria, atribuem a dízimo (convertem em dízimo), quando na verdade, a contribuição cristã nada tem a ver com dízimo.
Segundo as Sagradas Escrituras, não se deve associar dízimo à contribuição cristã.

É importante salientar que, todas as promessas de bênçãos encontradas na Bíblia Sagrada, referentes à Dízimo (a pagamento de dízimo, devolução de dízimo, como queira), foram feitas única e exclusivamente para povo do Antigo Testamento (fora da Graça de Cristo).

Porque todas as promessas de bênçãos, nesta área, direcionadas ao povo Cristão (ao povo que vive pela Graça de Cristo), são feitas com base nas contribuições espontâneas, ou seja, referentes às contribuições isentas de percentual prefixado por Lei 
(sem percentual máximo nem mínimo).

Porque, segundo a Bíblia Sagrada, o percentual de contribuição do cristão fica sujeito ao propósito do seu próprio coração; veja II Co 9. 7.

Portanto, cristãos, devemos contribuir pelo ensinamento do Espírito de vida, em Cristo Jesus, e não pelo ensinamento da ordenança da Lei.

Porque o Espírito de vida, em Cristo Jesus, ensina a contribuir livremente e por propósito de coração; enquanto a ordenança da Lei ensina a cumprir percentual.


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge
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