segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O DÍZIMO LEVÍTICO E A NOVA ALIANÇA



É impossível encontrar, na Bíblia Sagrada, uma base verdadeira para a prática de dízimo no Novo Testamento, mas pelo contrário, porque a orientação da Palavra de Deus é
para que nenhum cristão troque a sua liberdade espiritual pela maldição da servidão da Lei.

No Novo Testamento existem apenas quatro textos que mencionam o dízimo. Entre estes quatro, dois são paralelos, isto é, relatam a mesma situação: Mateus 23. 23 e Lucas 11. 42; os outros dois estão em Lucas 18. 12 e Hebreus 7. 2-9. E o que fica bem evidente nestes textos é que nenhum deles se refere à dízimo de cristão.


Observemos Mateus 23. 23 e Lucas 11. 42
respectivamente transcritos a seguir:

1º) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”
(Mt 23. 23).

2º) “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas e não deixar as outras” 
(Lc 11. 42).
Neste caso, podemos claramente entender que ao finalizar Seu comentário, Jesus diz que eles deveriam continuar dando o dízimo e, inclusive, não se omitirem de praticar os demais mandamentos da Lei (o mais importante dela).

Porém, aí vem a seguinte pergunta: A quem Jesus estava dirigindo Suas Palavras e qual o teor Destas
Palavras? Sem dúvida compreendemos que Jesus se dirigia aos escribas e fariseus, e não a cristãos (como muitos afirmam); tanto, que Jesus não os tratou pelos seus
próprios nomes, mas pelo título da sua religião. Esses homens, vivendo o judaísmo regido pela Lei, confiavam na sua própria justiça e capacidade, no que tange a guarda
da Lei. Apresentavam-se a Jesus nas condições de perfeitos, ostentando hipocritamente grande santidade e confiança nas suas próprias obras de justiça; enquanto isso não aceitavam a autoridade divina de Jesus. Em Lucas 16. 15, Jesus disse-lhes: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”.
Observa-se que a tendência dos fariseus era permanecer debaixo da Lei, desconhecendo a Graça de
Cristo. E mesmo não existindo no homem a capacidade para guardar a Lei, Deus não proíbe ninguém de entrar por esse caminho, quando a pessoa faz questão de estar
debaixo da Lei; mas nesse caso, então, exige dela a perfeição na prática de toda a Lei (Tg 2. 10): “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.
Foi exatamente essa cobrança que Jesus fez aos fariseus, se quisessem entrar pela Lei (se achando em
condições de guardá-la), o caminho estava aberto, porém, que não fossem hipócritas, ou seja, que não fossem somente dizimistas, mas que não desprezassem o mais importante da Lei:

“O juízo, a misericórdia e a fé” (Mt 23. 23).

“O juízo e o amor de Deus” (Lc 11. 42).

Conclusão: deveriam guardar toda a Lei sem tropeçar em um só ponto (Tg 2. 10; Gl 5. 2-3).
Se alguém argumenta que estas palavras não foram dirigidas à fariseus, mas sim à cristãos, pelo fato de Jesus ter incluído a misericórdia e a fé, obras estas praticadas pelo cristianismo, vale lembrar que muitas obras do cristianismo estão incluídas na dispensação da Lei, como
por exemplo: Não adulterarás, não matarás, não darás falso testemunho, amarás a Deus sobre todas as coisas, etc. O que essas pessoas não entendem é que a Lei é ampla, contendo muitas obras do cristianismo e muito mais, como: circuncisão, dízimos, guarda de dias meses e anos, sacrifícios de animais, abstinência de manjares, etc. etc. Paulo dá as características da preciosidade da Lei, dizendo: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom”, 
(Rm 7. 12). Porém havia nela
ordenanças divinas que ao homem é impossível realizá-las.
Tanto que Paulo disse: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Rm 7. 14).
Podemos afirmar que a Lei é santa porque veio de Deus (Lv 18. 5); tão boa que Jesus a consumou (Jo 17.4); e tão justa que Cristo nos salvou pela realização do seu cumprimento
 (Mt 5. 17).

Vale salientar que aquele que quiser viver debaixo da Lei (se achando capaz de guardá-la) não pode
desprezar o mais importante dela: O juízo, a misericórdia e a fé.
Veja que Paulo fala aos Gálatas, dizendo: “E de novo protesto a todo homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei” (Gl 5. 3).
Essa “toda a Lei” que Paulo fala que deve guardar o homem que se deixa circuncidar, obviamente inclui o principal dela: o juízo, a misericórdia e a fé; pois fazem parte da dispensação da Lei, mas nem por isso o cristão deve se circuncidar; pois está escrito: “Se o crente se
circuncidar, Cristo de nada aproveitará” (Gl 5. 2).
Diante deste esclarecimento, alguém pode perguntar: “mas não existe só um caminho?” Não, é a
resposta. Existe só um caminho se levarmos em conta a incapacidade humana. Mas, matematicamente, existem dois caminhos:

1º) O da salvação pela prática da Lei dada por Deus, por intermédio de Moisés
 (a Antiga Aliança, chamada Lei de Moisés).

2º) O da salvação pela Graça que há em Cristo Jesus
(a Nova Aliança).

Por que então Jesus disse: “Eu sou o caminho”?
Exatamente levando em conta a incapacidade humana.
A justiça pela Lei dada por intermédio de Moisés, foi o primeiro caminho oferecido por Deus para a
salvação do homem, conforme a Sua própria expressão em Levíticos 18. 5: “E dei-lhes os meus estatutos e os meus juízos pelos quais cumprindo-os o homem viverá por eles”,
veja também Ez 20. 11.

Paulo, escrevendo aos Romanos, confirma esta condição de salvação ao declarar: 
“Ora, Moisés descreve a salvação que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas” (Rm 10. 5).

Este é o caminho da salvação pela prática da Lei
(fora da Graça de Cristo), Gl 5. 4.

Porém, todo cristão esclarecido tem pleno conhecimento de que no homem não existe justiça
suficiente para guardar os mandamentos da Lei, pois está escrito: “Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10; Sl 53.2-3). Contudo, o caminho da salvação pela prática da Lei continua aberto, isto é, à disposição de alguém que queira confiar na sua própria capacidade, como faziam os
fariseus.
Existem vários textos bíblicos confirmando que a Lei permanece como caminho para a salvação humana. Para um melhor esclarecimento, comecemos interpretando
o capítulo 10, versículo 19, da Epístola aos Hebreus, quando o escritor declara: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne”. No versículo acima, o escritor se refere a Novo Caminho; isto quer dizer que existe outro caminho (o Velho Caminho); Velho, obviamente, porque veio antes do Novo. No capítulo 8, versículo 13 do mesmo livro, o próprio escritor acrescenta: “Dizendo nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de se acabar”.

Observemos, então, que a Lei não se havia acabado. Porém, a prática da Lei só se acabará quando
não existir mais ninguém confiando na carne (na sua própria capacidade), querendo usá-la como meio de salvação.
Paulo, escrevendo a sua Primeira Epístola a Timóteo, expressa-se sobre o assunto, dizendo: “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente” (1 Tm 1. 8).
Aqui, ele demonstra estar aberto o caminho da
salvação pela prática da Lei. Igualmente observemos os
versículos transcritos a seguir:
a) Rm 2. 25: “A circuncisão é, na verdade
proveitosa, se tu guardares a lei”.

b) Gl 5. 3: “E de novo protesto a todo homem,
que se deixa circuncidar, que está obrigado a
guardar toda a lei”.

c) Rm 2. 13: “Porque os que ouvem a lei não são
justos diante de Deus, mas os que praticam a
lei, hão de ser justificados”.

d) Gl 3. 12: “Ora, a lei não é da fé, mas, o
homem que fizer estas coisas, por elas
viverá”.

Porque na verdade, não é a Lei que não tem capacidade para salvar o homem; é o homem que não tem capacidade para guardar a Lei. Porém, a Lei só tem capacidade para salvar o homem que for perfeito; mas Jesus tem capacidade para salvar o homem imperfeito.
Tanto a Lei como Cristo, têm capacidade para salvar, porém, em condições bem distintas, ou seja, enquanto a Lei exige a perfeição, o poder de Cristo se aperfeiçoa na fraqueza 
(2ª Co. 12. 9).
Portanto, observamos acima que a Lei permanece à disposição da perfeição humana. Por isto Jesus não condenou os fariseus por quererem guardar a Lei, mas sim os advertiu para que, neste caso, então, guardassem toda a Lei.

Os pregadores de dízimos se apegam tanto aos versículos 8 à 10 do capítulo 3 do livro de Malaquias, que até pregam que o cristão que não paga o dízimo não entra no reino dos céus, nem pode estar em comunhão com o povo de Deus.
A respeito dessa heresia, inclusive, temos ouvido alguns pregadores dizerem que o dízimo é uma dívida financeira que o cristão tem para com Deus. Porém, os que assim pregam, inutilizam o Completo Sacrifício que Cristo realizou na Cruz do Calvário em resgate da humanidade; pois o próprio Jesus, ao entregar o Espírito a Deus, declarou: 
Está consumado (Jo 19. 30; Lc 23. 46).

Os tais querem ser resgatados da sua vã maneira de viver com a tradição que receberam de seus pais através de pagamento de dízimos e demais obras mortas. Pedro, escrevendo a sua Primeira Epístola, adverte o povo dessa heresia, dizendo: “Não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes de vossos pais, mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” 
(1 Pe 1. 18-19). 

Confira ainda: Ap 22. 17; At 15. 10-11; Ef  2.8-9; Mt 20. 28; 1Tm 2. 6; Rm 3. 24.

Os cobradores de dízimos até parecem desconhecer a Graça de Cristo e o que significa: 
“Misericórdia quero, e não sacrifícios” (Mt  9. 13).

Paz seja com todos,
JC de Araújo Jorge




sábado, 21 de novembro de 2015

ONDE ESTÁ A ARCA DA ALIANÇA ?



“Onde está a Arca da aliança que desapareceu misteriosamente?” 
é uma pergunta que tem intrigado
teólogos, estudiosos, e deixado muitos arqueologistas na
expectativa de encontrá-la. Uns dizem que ela está escondida
numa rocha; outros, que ela está na África aos cuidados de
alguém; outros, que ela está enterrada no chão do Antigo
Templo; e assim são muitas as especulações a respeito do
paradeiro da tão fascinante Arca da Aliança.

Porém, as Escrituras Sagradas dão claras evidências
de que a Arca da Aliança, feita por Moisés, a qual contém as
duas Tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus,
representando toda a Sua Lei (os Dez Mandamentos) que,
segundo o próprio Deus, cujo cumprimento resulta na
salvação do homem, encontra-se no Céu, no Templo de Deus,
até o julgamento final, conforme Apocalipse 11.19: “E abriu-se
no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista      no seu templo”.
Porque a “Obra de Redenção” que Jesus veio realizar,
era exatamente o cumprimento da Lei cujas Tábuas de pedra
que estão dentro da Arca a representam. Por isto, a Arca da
Aliança tem grande significado na nossa salvação.

Com certeza, a Arca da Aliança vista no céu, é a
original, na qual estão as duas tábuas de pedra escritas pelo
próprio dedo de Deus. A Sagrada Escritura não mente; e nela
está claramente revelado que, mediante o toque da última
trombeta, a Arca será vista no céu, no Templo de Deus, com
grandes sinais: “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a
Arca da sua Aliança foi vista no seu templo; e ouve
relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva” (Ap 11.19).
Observemos que, grandes sinais também aconteceram
no Monte, quando Deus promulgou a Lei contida no interior
da Arca; pois tudo aconteceu em meio dos trovões,
relâmpagos, sonido da buzina, tremor e fumigação do Monte
(Ex 20.1-18; 19.18).

Se aquela não fosse a Arca da Aliança determinada
por Deus a Moisés, mas sim uma outra natural do Templo de
Deus (como também alguns dizem), não precisaria a
explicação de que a Arca teria sido vista “no seu templo”!
Bastaria dizer: “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a Arca
da Aliança foi vista”. Mas, acrescentou: “no seu templo”,
dando a entender que Ela não era naturalmente do céu.
Posso afirmar, com base nas Santas Escrituras, que,
na história sagrada, só existe uma Arca da Aliança, a qual
contém as duas tábuas de pedra representando os dez
mandamentos. Alguns até dizem que Deus teria, lá no céu,
uma cópia dos dez mandamentos (do Testemunho), mas Deus
jamais usaria uma cópia, mas sim a original escrita pelo Seu
próprio dedo (Ex 31.18; 32.15-16).

Antes do Pacto do Monte Sinai não existia Arca da
Aliança, nem na terra, e nem no céu. Ela foi criada única e
exclusivamente para o processo de salvação do povo que
estava destituído da glória de Deus. Pois os seres celestiais
não precisam de Arca da Aliança. Tanto, que quando tudo se
cumprir, isto é, quando estivermos na glória eterna, não
precisará mais dela, conforme está escrito em Jeremias 3.16:

“E sucederá, que, quando vos multiplicardes e frutificardes
na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: A
Arca da Aliança do Senhor, nem lhes virá ao coração; nem
dela se lembrarão, nem a visitarão, nem se fará outra”.
Porém, hoje, a Arca da Aliança está no Céu, no
Templo de Deus, aguardando a chegada do povo salvo, para
que Cristo (pela Sua Graça) apresente por nós, todo o
cumprimento da Lei representada pelas tábuas que estão no
interior da Arca, consolidando assim o Resgate daqueles que
Lhe aceitaram como Salvador.

Outrossim, após Jesus ter realizado o único e
suficiente Sacrifício pela redenção do povo, como Sumo
Sacerdote, Ele tinha que ir até a Arca da Aliança, onde
Deus se fazia presente, para entregar o Sacrifício com
todo o cumprimento da Lei contida no interior da Arca,
para que se realizasse nEle toda a justiça do cumprimento
da Lei, sem que dela fosse omitido um jota ou um til,
conforme Ele mesmo falou em Mateus, 5.17-18. Porém,
segundo Hebreus 9.24, Jesus não entrou no santuário
terrestre, mas no mesmo céu, para comparecer por nós
perante a face de Deus. Isto significa que a Arca da
Aliança já estava no Santuário Celestial.

A Arca da Aliança é única. Deus não mostrou à
Moisés uma outra Arca como modelo, como alguns dizem.
Até porque, o modelo da Arca não foi mostrado a Moisés por
visão, mas por determinação de palavras. Veja em Êxodo
25.10-22, como Deus falou a Moisés para mostrar o modelo
da Arca, traçando todo o seu perfil por meio de palavras.
Muitos ainda não compreendem o tamanho do
significado espiritual da Arca da Aliança; pensam que Ela era
um simples utensílio do Tabernáculo; mas, Ela é muito mais
do que isto, Ela é a Aliança do Deus Altíssimo. Razão pela
qual é chamada de: ARCA DA ALIANÇA DO SENHOR.
Veja algumas referencias: Nm 10.33; Dt 31.26; Js 4.7; Jz
20.27; 1Sm 4.5; 1Rs 8.6; 1Cr 22.19; Ex 32.15-16.

Por isto, em Apocalipse 11.19, onde se refere a Ela, diz: e a
 ARCA DA SUA ALIANÇA foi vista NO SEU TEMPLO.

Contudo, a nossa salvação é pela Graça de Cristo,
porque a Lei que precisava ser cumprida para o nosso resgate,
representada pela Arca, Jesus já cumpriu por nós, dando-nos
o seu perfeito cumprimento pela Sua Graça.
Há duas maneiras para se cumprir a Lei, cujas tábuas
de pedra que estão dentro da Arca a representam:

Primeira: pela sua prática total, sem tropeçar em um
só ponto (Gl 3.12; 5.3-4; Rm 10.5; Mt 23.23; 1 Tm 1.8).

Segunda: pela fé em Cristo, ou seja, se alimentando
nEle, sem a prática da Lei: “Àquele que não pratica,
mas crê naquele que justifica o ímpio,
 a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.5). 
Veja também: Jo 15.5; 6.57; Ef 2.8.

Observamos então, que a melhor maneira para que a
justiça da Lei se cumpra em nós, é o revestimento de Cristo
pelo batismo da fé, conforme está escrito: batizados em
Cristo já vos revestistes de Cristo (Gl 3.27).

São claras as evidências, pelas Sagradas Escrituras,
que a Arca da Aliança feita por Moisés, está no céu, no
Templo de Deus, contendo no Seu interior as duas Tábuas de
pedra esculpidas pelo dedo de Deus, como estandarte dos
Dez Mandamentos. Porque o Evangelho, corretamente
compreendido, nos leva a entender que Deus precisa da Arca
da Aliança até o dia do Julgamento Final. Pois naquele dia,
vamos precisar apresentar a Deus o perfeito cumprimento da
Lei dos Mandamentos, representada pelas Tábuas da Aliança
que estão no interior da Arca.

Porém, aqueles que tentarem entrar pela prática da
Lei, terão que apresentar o cumprimento dela pela sua própria
justiça. Mas, aqueles que são da fé, apresentarão a justiça da
Lei alcançada pela Graça de Cristo, isto é, cumprida em
Cristo Jesus, apenas pela fé no Seu nome, sem a prática da
Lei; conforme o versículo já citado acima: “Àquele que não
pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é
imputada como justiça” (Rm 4.5).



Paz seja com todos,
JC de Araújo Jorge



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SOBRE A GUARDA DO SÁBADO




Aquele que está em Cristo já tem, pela Sua Graça, o
perfeito cumprimento da guarda do sábado. Dizer que vamos
guardar o sábado novamente é uma ofensa ao Espírito da
Graça; é uma profanação ao sangue da Nova Aliança; é um
menosprezo ao que Jesus já cumpriu por nós; veja o que o
escritor da Epístola aos Hebreus diz sobre o julgamento
de quem comete tal erro: “Quebrantando alguém a lei de
Moisés, morre sem misericórdia só pela palavra de duas
ou três testemunhas, de quanto maior castigo cuidais vós
será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus,
e tiver por profano o sangue da aliança com que foi
santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” 
Hebreus  10. 28-29


O dia de descanso, hoje, segundo o costume social, é
o domingo; mais isso não tem nenhuma influência espiritual;
pois poderia ser qualquer dia, ou até mesmo, se não fosse a
nossa necessidade física, não descansar dia algum. Mas por
ser física e mentalmente importante o descanso, é bom que
seja noutro dia e não no sábado, para não acontecer que
muitos pudessem achar que, descansando, estivessem
guardando o sábado, e viessem a substituir a Graça de Deus
por tal superstição.

Alguns acham que o sábado deve ser guardado, pelo
fato de Jesus ter dito aos fariseus:
 “O Filho do homem é Senhor até do sábado” 
Lucas  6. 5

Ora, Jesus poderia dizer que
é Senhor do sábado, do domingo, da segunda, e de qualquer
dia; inclusive, Ele é Senhor da circuncisão, do sacrifício;
aliás, Jesus é Senhor de todos os Mandamentos da Lei.
Porém, Ele disse que é Senhor do Sábado, porque estava
sendo questionado sobre ele. Mas, observe que Jesus não
disse que é Senhor só do sábado, mas que “até do sábado”.

Porque na verdade Jesus é Senhor de tudo.
Na Nova Aliança, Deus, pelo Seu dom gratuito,
colocou todos os mandamentos da Lei em nossos corações e
os escreveu em nossos entendimentos, como sinal de que
tudo já está cumprido, assim como nos esclarece o escritor
aos Hebreus ao citar a profecia de Isaías: “Esta é a aliança
que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei
as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus
entendimentos; acrescenta: 
E jamais me lembrarei de seus
pecados e de suas iniquidades”
 Hebreus  10. 16-17

Aliás, até a Lei da circuncisão Deus colocou em
nossos corações por intermédio de Cristo, conforme a
expressão de Paulo sobre o assunto: “No qual também estais
circuncidados com a circuncisão não feita por mão no
despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de
Cristo” Colossenses  2. 11, e ainda: “Porque não é judeu o que o é
exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na
carne, mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que
é do coração, no espírito, não na letra” 
Romanos  2. 28-29

Vale lembrar, que, mesmo o cristão sendo isento da
prática da Lei, ele não fica sem o cumprimento dela; pois,
pela fé em Cristo, ele recebe o revestimento de toda a justiça
do cumprimento da Lei; porque se cumpre nele, por Cristo
Jesus, o testemunho da Lei e dos profetas. Por isto
encontramos na Bíblia o seguinte esclarecimento: “Mas
agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o
testemunho da lei e dos profetas” 
Romanos  3. 21



Paz seja com todos,
JC de Araújo Jorge



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