terça-feira, 31 de dezembro de 2013

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO AUTOR DO BLOG



PEQUENO HISTÓRICO SOBRE A POSSÍVEL INTRODUÇÃO DO DÍZIMO NA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO:

No início do século IV, o imperador Constantino iniciou seu processo de sedução à antiga igreja de Roma (quando ainda virgem), até que sua corrupção crescesse ao ponto de transformar-se em uma Grande Prostituta Católica, com introdução de heresias diversas em forma de dogmas incontestáveis; quando a partir do século VI, o dízimo levítico da antiga aliança não precisaria ser imposto por nenhum Concílio dos ditos "pais da igreja"; posto que, consideravam o mesmo (dízimo) como parte integrante da igreja corrompida, segundo convinha à igreja de Roma aderir a tradição judaica para que os objetivos financeiros do Clero fossem alcançados sem nenhum tipo de  contestação. O que levou essa igreja corrompida a enriquecer-se e governar o mundo por quase de XII séculos, impondo-se sobre seus opositores com todo o tipo de atrocidades, até que a religião dominante atingisse o auge da corrupção religiosa, ou seja, vendas de indulgências para todo aquele que pudesse pagar pela salvação de sua alma.

Curioso é saber que, aquele que quis reformar a Grande Prostituta Católica, não incluísse na denúncia de suas suas 95 teses a aberração doutrinária do Dízimo, mas somente dando maior ênfase a venda de indulgências. O que pode até ser compreensível, pois tratava-se de um padre católico (Martinho Lutero) tentando reformar uma "prostituta religiosa". O que também não foi possível, apesar do tamanha coragem e esforço de Lutero; contudo foi de grande valia, pois, a partir da igreja luterana, os verdadeiros cristãos tiveram a oportunidade de iniciar a liberdade de culto sem serem considerados subversivos pela religião dominante, a qual a partir do século XVI , teve sua hegemonia político-religiosa abalada com o ressurgimento da pregação das verdades do Evangelho de Cristo.

Também é lamentável saber que, teólogos cristãos considerem a Igreja de Cristo oriunda da reforma de uma prostituta e não da Igreja Primitiva, edificada por Cristo e doutrinada por seus Apóstolos, sendo Paulo o principal discipulador da igreja gentílica. Portanto, não somos judeus e sim gentios alcançados pela maravilhosa Graça de Deus em Cristo Jesus, para vivermos não mais segundo a lei de mandamentos carnais, mas orientados pelas Boas Novas do Evangelho de Cristo; e para isso, nos enchendo a cada dia do Espírito Santo para andarmos em novidade de vida.


REFERÊNCIAS BÍBLICAS DA QUEDA DEFINITIVA DA GRANDE PROSTITUTA:


E VEIO 
um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;

Apocalipse 17. 1

E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.

17. 15

E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.

17. 16

Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.

19. 2


Gostaria apenas de fazer uma pequena contribuição, posto que os defensores do dízimo não tendo mais argumentos bíblicos, conforme obra inspirada pelo Espírito Santo que deu origem ao livro "O Dízimo e a Graça", através dos versículos citados no post: 
DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO 
os quais refutam qualquer tentativa de sustentação para validar mais essa heresia (dízimo) em forma de imposto compulsório .

Assim como, as passagens de: 
Mateus 23. 23 
Lucas 11. 42 
Lucas 18. 12 
Hebreus 7. 2-9,

As quais esgotam as argumentações contrárias, ao que também faço algumas considerações, no sentido de trazer entendimento para alguns que estão sinceramente enganados com essa mentira que insiste em prevalecer na Igreja de Cristo; o que somente é possível confundir, quando muito aterrorizar frequentadores de templos evangélicos, mas não a Igreja de Cristo, pois sendo ELA mística, torna-se invisível aos olhos do clero religioso e de escribas (teólogos), como também de fariseus hipócritas do século XXI.


Quanto a Malaquias 3. 10, foi uma verdade no período veterotestamentário que dava validade a Lei mosaica para a tribo de Levi, entretanto se constitui em um grande equívoco no período neotestamentário e com grandes prejuízos para as igrejas evangélicas, tais como:

1- Enriquecimento de algumas congregações com o perigo espiritual para a vida dos respectivos líderes, os quais pela avareza dos seus corações, são aprisionados pelo deus Mamom.

2- Falta de pastoreio espiritual do rebanho de Cristo, motivado pelo controle financeiro de certos líderes; como também ameaças de maldição por um certo devorador (diabo), afirmando também a perda de salvação dos membros que não contribuírem com no mínimo 10% de sua renda; visto que, é considerado ladrão todo aquele que não se submeter a passagem de Malaquias 3. 10; pois segundo a referida passagem bíblica, os mesmos são "roubadores" de Deus, e consequentemente perderão sua salvação, conforme registro de 1ª Coríntios 6. 10, o qual afirma que os ladrões não herdarão o reino de Deus.

3- Manutenção de um farisaísmo pentecostal em detrimento de uma santificação interior, alimentado pela suposta compra de salvação através de pagamentos de dízimos como garantia de salvação eterna. 
Entre outros.

A VERDADEIRA FORMA DE CONTRIBUIÇÃO É AQUELA QUE É MOVIDA PELO AMOR E NÃO POR MANDAMENTOS CARNAIS.

Portanto, a quem muito é pastoreado em amor, muito mais será liberal para praticar OFERTAS DE JUSTIÇA.

"O QUE DIZ A VERDADE MANIFESTA A JUSTIÇA;
PORQUANTO,
NADA PODEMOS CONTRA A VERDADE,
SENÃO EM FAVOR DA PRÓPRIA VERDADE"


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O QUE ESCOLHER: O sacrifício da Lei ou obediência a Cristo?





É impossível encontrar na Bíblia Sagrada, uma base verdadeira para cobrança de dízimo dos cristãos, mas pelo contrário, a orientação da Palavra de Deus é para que nenhum cristão troque a sua liberdade espiritual pela maldição da servidão da Lei.

 No Novo Testamento existem apenas quatro textos que mencionam o dízimo. Entre estes quatro, dois são paralelos, isto é, relatam a mesma situação: Mateus 23.23 e Lucas 11.42; os outros dois estão em Lucas 18.12 e Hebreus 7.2-9.
E o que fica bem evidente nestes textos, é que nenhum deles se refere à dízimo de cristão.
Observemos Mateus 23.23 e Lucas 11.42 respectivamente transcritos a seguir:
    1º) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas” (Mt 23.23).
     2º) “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas e não deixar as outras” (Lc 11.42).
Neste caso, podemos claramente entender que ao finalizar Seu comentário, Jesus diz que eles deveriam continuar dando o dízimo e, inclusive, não se omitirem de praticar os demais mandamentos da Lei (o mais importante dela).
Porém, aí vem a seguinte pergunta: A quem Jesus estava dirigindo Suas Palavras e qual o teor Destas Palavras? Sem dúvida compreendemos que Jesus se dirigia aos escribas e fariseus, e não a cristãos (como muitos afirmam); tanto, que Jesus não os tratou pelos seus próprios nomes, mas pelo título da sua religião.

Esses homens, vivendo o judaísmo regido pela Lei, confiavam na sua própria justiça e capacidade, no que tange à guarda da Lei. Apresentavam-se a Jesus nas condições de perfeitos, ostentando hipocritamente grande santidade e confiança nas suas próprias obras de justiça; enquanto isso não aceitavam a autoridade divina de Jesus.
Em Lucas 16.15, Jesus disse-lhes: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”.
Observa-se que a tendência dos fariseus era permanecer debaixo da Lei, desconhecendo a Graça de Cristo.
E mesmo não existindo no homem a capacidade para guardar a Lei, Deus não proíbe ninguém de entrar por esse caminho, quando a pessoa faz questão de estar debaixo da Lei; mas nesse caso, então, exige dela a perfeição na prática de toda a Lei (Tg 2.10):
 “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.
Foi exatamente essa cobrança que Jesus fez aos fariseus, se quisessem entrar pela Lei (se achando em condições de guardá-la), o caminho estava aberto, porém, que não fossem hipócritas, ou seja, que não fossem somente dizimistas, mas que não desprezassem o mais importante da Lei:
O juízo, a misericórdia e a fé” (Mt 23.23).
O juízo e o amor de Deus” (Lc 11.42).
Conclusão: deveriam guardar toda a Lei sem tropeçar em um só ponto (Tg 2.10; Gl 5.2-3).
Se alguém argumenta que estas palavras não foram dirigidas a fariseus, mas sim a cristãos, pelo fato de Jesus ter incluído o juízo, a misericórdia e a fé, obras estas praticadas pelo cristianismo, vale lembrar que muitas obras do cristianismo estão incluídas na dispensação da Lei, como por exemplo:
Não adulterarás, não matarás, não darás falso testemunho, amarás a Deus sobre todas as coisas, etc.

O que essas pessoas não entendem é que a Lei é ampla, contendo muitas obras do cristianismo e muito mais, como:
circuncisão, dízimos, guarda de dias meses e anos, sacrifícios de animais, abstinência de manjares, etc. etc.

Paulo dá as características da preciosidade da Lei, dizendo: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom”, (Rm 7.12). Porém havia nela ordenanças divinas que ao homem é impossível realizá-las.

Tanto que Paulo disse: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Rm 7.14).
Podemos afirmar que a Lei é santa porque veio de Deus (Lv 18.5); tão boa que Jesus a consumou (Jo 17.4); e tão justa que Cristo nos salvou pela realização do seu cumprimento (Mt 5.17).
Vale salientar que aquele que quiser viver debaixo da Lei (se achando capaz de guardá-la) não pode desprezar o mais importante dela: O juízo, a misericórdia e a fé.
Veja que Paulo fala aos Gálatas, dizendo: “E de novo protesto a todo homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei” (Gl 5.3).
Essa “toda a Lei” que Paulo fala que deve guardar o homem que se deixa circuncidar, obviamente inclui o principal dela:
o juízo, a misericórdia e a fé; pois fazem parte da dispensação da Lei, mas nem por isso o cristão deve se circuncidar; pois está escrito:

Se o crente se circuncidar, Cristo de nada aproveitará 

Gálatas 5.2

Paz Seja Contigo!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A LEI DE MANDAMENTOS CARNAIS E A LEI DA GRAÇA - Parte 2






O verdadeiro cristão acredita plenamente na frase vitoriosa que Jesus pronunciou na cruz do Calvário, dizendo: “ESTÁ CONSUMADO”.

Em relação ao dízimo, o que faz parte das ordenanças da Lei não é a contribuição em si, mas ao contrário, é o percentual que ele traz consigo prefixado pela Lei.


O  DOMÍNIO  E  FORÇA  DO  PECADO

         Para obtermos um melhor esclarecimento concernente a esse “domínio e força do pecado” sobre o ser humano, comecemos analisando os versículos transcritos a seguir:

a) “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14).

b) “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (1ª Co 15.56).

No primeiro versículo, encontramos uma advertência sobre “o domínio do pecado”, e no segundo, sobre a “força do pecado”; o que podemos observar é que ambos se caracterizam pela presença da Lei.
Essa Lei que ao se deparar com a incapacidade da carne, gera o pecado tomando força e domínio sobre o ser humano.

Muitos, têm me feito a seguinte pergunta: “é a Lei pecado?” E a resposta corretamente dada é: de modo algum. Paulo, ao instruir os romanos sobre a força e o domínio do pecado por intermédio da Lei, é bem claro ao afirmar: “A lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom” (Rm 7.12).

O que Paulo aponta como erro não procede da Lei, mas sim da imperfeição humana. É quando ele declara que a Lei enfermou pela carne (Rm 8.3).

A fragilidade humana não resiste à cobrança da perfeição da Lei. A Lei só teria condição para salvar se encontrasse perfeição e justiça no ser humano, porém, é exatamente por falta dessas indispensáveis virtudes que torna impossível a salvação pela Lei.

Paulo revela o fracasso do homem diante da santidade e perfeição da Lei, dizendo: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Rm 7.14).

Se a Lei realmente encontrasse na carne suas requisitadas qualidades, não seria chamada de “Ministério da Morte” e “Ministério da Condenação”, como foi no capítulo 3, versículos 7 a 9 da Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios, mas sim de “Ministério da Salvação”.

Porém não havendo em nós as devidas qualidades, a Lei condenou a carne no pecado. Mas Deus, pelas riquezas da Sua Graça, enviou Seu Filho Jesus Cristo, guardando e cumprindo com perfeição a Lei que havia condenado a carne no pecado, e inverteu a situação, condenando o pecado na carne, para que fossemos livres da força e do domínio do pecado.

Isto se não voltarmos a persistir na prática das ordenanças da Lei da condenação, a qual o dízimo faz parte integrante, mas vivermos 100% na Graça de Cristo.


Observemos Romanos 8. 1-3, transcritos a seguir: 

1) Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

2) Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

3) Porque o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne.

Esta passagem bíblica é muito lida nas igrejas, mas pouco observada como declaração de isenção da Lei de mandamentos carnais, a qual gera o pecado.

No versículo 2 (citado acima), Paulo declara: “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”. Em parte, é o mesmo que dizer:
“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do dízimo”.

Isto, obviamente, porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, ensina a contribuir livremente e por amor à Obra de Deus, mas a lei de mandamentos carnais, que é a lei do pecado e da morte, ensina a cumprir percentual.

Na dispensação da Lei, o percentual de contribuição prefixado era o dízimo, e não podia, obviamente, ser dado menos. Pois, a qualquer impossibilidade do seu cumprimento, o pecado estava à porta, dominando o povo de Deus por tal transgressão.

Na lei da Graça, Deus tirou este poder do pecado, deixando livre qualquer percentual e de acordo com as possibilidades de cada cristão. É exatamente por este motivo que a lei da Graça não causa transgressão.

Deus tirou a Lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para livrar o Seu povo da maldita transgressão:
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da mal-dição; porque está escrito:
maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gl 3.10).

Essa maldição só recai sobre o povo da Lei, que quer realizar obras exclusivas do Antigo Pacto, cujo dízimo faz parte.

Esta confirmação encontramos em Malaquias 3.9, quando cujo texto refere-se à transgressão do dízimo, dizendo:
 “Com maldição sois amaldiçoados”.

Para fugir da transgressão da Lei, só saindo de debaixo dela, conforme nos adverte Paulo na sua Epístola aos Romanos: “Porque onde não há lei também não há transgressão” (Rm 4.15).

Portanto, cristão, não se prenda debaixo do jugo da servidão, mas viva 100% na Graça de Cristo, para obter o generoso resultado que ela nos concede: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14).


 AS  OBRAS  PELA  LEI  DA  GRAÇA

         Não estamos sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo (I Co 9.21).

Embora o cristão não tenha compromisso com a Lei de mandamentos carnais 
(o Antigo Pacto), ele tem com a lei de Cristo.

A lei de Cristo, mesmo sendo chamada de ”Lei da liberdade” ou “Lei da fé”, não dispensa, dentro das possibilidades humanas, as boas obras.

O próprio Jesus menciona as obras do cristão ao prometer o Seu galardão, quando diz:
E o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras
 (Ap 22.12).


TIAGO É CLARO AO AFIRMAR: 
A fé sem obra é morta” (Tg 2.17).

Muitos, por falta de interpretação correta das Santas Escrituras, julgam que a expressão de Tiago entra em contradição com algumas ex-pressões do apóstolo Paulo, como por exemplo, quando Paulo afirma aos efésios:
 “Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.9), e aos romanos: “Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça” (Rm 11.6).

O que devemos entender é que Tiago está fazendo referência às obras da fé (do Novo Concerto), enquanto Paulo está falando sobre as obras da Lei (do Antigo Concerto).

No capítulo 3, versículo 20, de sua Epístola aos Romanos, podemos claramente entender que Paulo se refere às obras da Lei do Antigo Pacto, quando faz a seguinte declaração:
Por isto nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20).

E no versículo 28 do mesmo capítulo, diz:
 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei ”.
Porém o próprio apóstolo Paulo, quando se refere às obras que são pela fé, admoesta os cristãos, incentivando-os com grande ênfase a realizá-las pelo amor e a fé cristã.

Ao escrever sua Primeira Epístola a Tito, ele o desperta, dizendo que Jesus Cristo está preparando um povo de boas obras, quando diz:
O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14

E na sua Epístola aos Efésios diz:
Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nela” (Ef 2.10).

No cristianismo realmente é excluída a lei de mandamentos carnais, mas estabelecida a lei da fé, que opera por amor (Gl 5.6). No caso da contribuição financeira, não estamos sem lei, mas debaixo da lei de Cristo.

Enquanto o dízimo é excluído por fazer parte das ordenanças da lei de mandamentos carnais, é estabelecida a lei de contribuição pela fé, que opera por amor (II Co 9.7).

Esta lei não dispensa a contribuição, porém, só a exige de acordo com as possibilidades de cada um, segundo está escrito: “Conforme a sua prosperidade” 
(1ª Co 16.2;  2ª Co 8.12).

Se o cristão não pode contribuir, por motivo de força maior, nada lhe é cobrado; mas se pode e não o faz, obviamente que sua espiritualidade está em baixa, por não sentir amor pela obra de Deus.

 Pois é evidente que nele não existe mais o indispensável fruto do Espírito, mencionado em Gálatas 5.22: 
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”.

Ter possibilidade de fazer o bem e não o fazer é imputado como pecado, conforme está escrito: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17).



Concluímos, pois, que a bondade, a fé, a benignidade e o amor, com que o verdadeiro cristão é dotado, são companheiros inseparáveis das boas obras.


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A FINALIDADE DE CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA DA IGREJA - Parte 1




Como já temos observado nos capítulos anteriores, a lei do dízimo não se enquadra na prática do verdadeiro cristianismo. Então, como deve o cristão proceder para contribuir à obra de Deus?

Levando ofertas em justiça, o que propuser no seu coração, isto de boa mente e com alegria, tendo consciência de que a obra de Deus carece da sua colaboração; sabendo ainda que se, espontaneamente (independente de percentual), não tiver desejo de render algo à causa de Deus, sua regeneração em Cristo fica em dúvida.

Para que fim irá o cristão contribuir? Desde que se entenda que a contribuição passa pela lei da liberdade que há em Cristo Jesus, sem dúvida, a responsabilidade do cristão cai ainda mais sobre os seus ombros, porque terá de provar para si mesmo, qual é o seu amor pelo Senhor e Sua obra. Pois está escrito:
Não ameis em palavras, mas por obras e em verdade, (I Jo 3.18). O verdadeiro cristão sabe do seu dever de contribuir para que a igreja tenha com que se manter em sua totalidade, isto é, suprir à medida do possível todas as necessidades enquadradas na obra de Deus.

Deve contribuir para que haja pregação do Evangelho, para sustento de obreiros (quando for necessário), para manter o local onde a igreja se reúne, etc.

 Deve contribuir, também, e com grande ênfase, para que exista assistência ao necessitado.
 A este assunto foi reservado um bom espaço, tendo em vista que grande parte da arrecadação da igreja primitiva era para socorrer os necessitados, e que muitos obreiros, hoje, não ensinam esta doutrina cristã, muito enfatizada na Bíblia.

A igreja primitiva, como possuidora das virtudes espirituais, era dotada de caridade e colocava o amor em prática por ensinamento de Jesus Cristo, que diz:
 A lei resume-se em amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Veja Mt 22.39; Mc 12.31.

Em Lucas 12.33, Jesus ensina dizendo:
Vendei o que tendes e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca se acabe.


Paulo escrevendo aos Gálatas 5.14 diz:
Toda lei se cumpre numa só palavra, nesta:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
 E na sua Primeira Epístola a Timóteo 1.5, diz que o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.

Em primeira de João, 4.16, diz que Deus é amor (caridade), e quem está em amor (caridade) está em Deus, e Deus nele.

Alguém pode perguntar:
“Mas a obra de assistência social faz parte da principal caridade?” Sim, é a resposta. Confira I João 3. 17:
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como há nele caridade de Deus?.
Veja também Fl 1.7.

Existem religiosos afirmando que a obra de assistência social não agrada a Deus.
Este foi u
m dos motivos que levaram Pedro a escrever a sua Segunda Epístola, começando este assunto no primeiro capítulo.

Do versículo 1 ao 7, ele instrui a prática da caridade e nos versículos 8 e 9 ele nos dá o perfil daquele que a tem e daquele que não a tem:
 Porque se em vós houver e abundar estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo: porque aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.

E ainda veja I Pe 1.22; 4. 8-9. Isto prova que a igreja que assim não procede, ainda traz consigo as manchas do antigo pecado, por falta do fruto de caridade, enquanto em Gálatas 5.22 diz:
Mas o fruto do Espírito é:
caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.


 A  RELIGIÃO  PURA  E  IMACULADA  PARA  COM  DEUS

É impossível ter amor e não atender ao necessitado (1Jo 3.17). O apóstolo Tiago confirma isto no capítulo 1, versículo 27 de sua Epístola, dizendo: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações.

Em Primeira Timóteo 5.16, Paulo também demonstra que as viúvas desamparadas eram sustentadas pela igreja.

 Nota-se na expressão geral de suas pregações, que sua recomendação não eram de somente socorrer as viúvas, mas qualquer necessitado, confira Atos 20.35. Na Epístola os Romanos, ele recomenda a prática geral da Obra Social, dizendo: “Comunicai com os santos nas suas necessidades” (Rm 12.13).



PRONTIDÃO  DA  IGREJA

Nos capítulos 8 e 9 da Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo fala com exclusividade daquilo que já havia ensinado: a prática à assistência social, isto porque discordava que um tivesse de mais e outro de menos, segundo seu comentário no capítulo 8. 14-15:
Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito:
o que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.

Na continuação, capítulo 9, versículo 9, nos diz:
 Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre; capítulo 9, versículo 12:
Porque a administração deste serviço não só supre a necessidade dos santo; mas também abunda em muitas graças que se dão a Deus.


Esta obra havia sido introduzida (por instrução de Paulo) nas regiões da Acaia, no ano anterior a esta Epístola, segundo o capítulo 8.10:
E disto dou o meu parecer; pois isto vos convém a vós, que desde o ano passado começastes e não foi só praticar, mas também querer, e no capítulo 9, versículo 2:
Porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós para com os macedônios, que a Acaia está pronta desde o ano passado.




Observa-se aqui, Paulo demonstrando que a igreja não está pronta enquanto deixa de assistir a seus necessitados. Inclusive esta foi a expressão de Tiago no capítulo 1, versículo 27 de sua Epístola; a de Pedro em I Pe 4.8; 2 Pedro 1.9; a de João em I Jo 4.20; e, em especial, a de Jesus, Mt 25.41-43:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome e não me deste de comer, tive sede, e não me deste de beber; sendo estrangeiro não me recolhestes, estando nu, não me vestistes; e enfermo e na prisão, não me visitastes.

E no verso 33, Jesus tratou-os como bodes.
Veja nos versículos 44 à 46: Então estes lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

Então lhes responderá, dizendo:
 Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

COMO REPREENDER O DEVORADOR? Parte 2




Portanto, voltando ao assunto da repreensão do devorador, somos esclarecidos pelo Espírito Santo, que, no cristianismo, não é com o poder do cumprimento de percentual financeiro que se repreende o devorador, mas sim pela ação espiritual aliada à fé no poder do Nome de Jesus.

Existem muitos obreiros confundindo o poder de Deus com dinheiro. O poder de Deus, para curar enfermos, expulsar demônios e para toda realização de maravilhas, não se consegue com dinheiro, como muitos pensam e ensinam.

Um dos exemplos disto encontra-se registrado em Atos 8.5-24, quando Simão mágico, ao se tornar crente, estava atônito diante dos sinais e maravilhas que os apóstolos realizavam, ao curar enfermos, expulsar demônios, e, inclusive, a imposição das mãos que faziam com que os cristãos recebessem o Espírito Santo.

Simão, maravilhado com tudo aquilo, e sabendo que a obra de Deus era carente de contribuição financeira, propôs dinheiro aos apóstolos, dizendo: “Dai-me também a mim esse poder”.

Se os apóstolos fossem como alguns pregadores de dízimo, que dizem que se expulsa os demônios com dízimo, ou até com o envelope do dízimo, eles se aproveitariam da oportunidade para usar Malaquias 3.10, dizendo que era só trazer o dízimo e estaria tudo certo.

Mas aqueles homens, cheios do Espírito Santo, e visando defender a verdade do Evangelho, responderam-lhe dizendo: “Teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro” (At 8.20).
Simão, diante da repreensão dos apóstolos, reconheceu o seu erro e, arrependido, pediu oração para que nada do que os apóstolos disseram viesse sobre ele (At 8.24). Simão, ao ser despertado do seu erro, ainda teve a felicidade de humilhar-se diante de Deus para recuperar-se espiritualmente.
Será que esses obreiros que têm colocado fardos pesados sobre a cerviz dos discípulos, confundindo o poder de Deus com dinheiro, terão a mesma felicidade que teve Simão, de reconhecerem o seu erro e se corrigirem diante da repreensão e esclarecimento do Espírito Santo? Deus espera que sim.


A CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ E O DÍZIMO.

Esta é uma das perguntas mais frequentes: “Então o cristão não pode contribuir com 10%?” Pode sim.
O cristão é livre para contribuir com qualquer percentual; quem não é livre para contribuir com qualquer percentual é exatamente o dizimista, pois esse já está debaixo da ordenança da Lei dos 10%.

Mas, pela lei da Graça que há em Cristo Jesus, o cristão pode contribuir com qualquer percentual, inclusive com 10%, porém, temos que saber separar uma contribuição cristã de 10% dada livremente e com propósito de coração, de outra contribuição de 10% dada pela ordenança da Lei como percentual mínimo, “na qualidade de dizimista".
A contribuição de 10% dada livremente e com propósito de coração, é espiritual; sendo espiritual e dada livremente, então, a próxima contribuição poderá ser um percentual maior ou menor, de acordo com as possibilidades e o propósito do coração.

Porém, a que foi dada pela ordenança da Lei como percentual mínimo, “na qualidade de dizimista” não! Essa tem que ser sempre 10%, pois se tratando da prática do dízimo, esse percentual é automaticamente imposto pela ordenança da Lei.

Mas, o Evangelho de Cristo nos liberta dessa prática, e nos coloca na prática da lei da liberdade: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).


Na história de contribuição financeira existem três poderes:

1º: O poder natural do dinheiro.

2º: O poder do cumprimento de percentual.

3º: O poder da contribuição em justiça (que opera por amor).

O poder natural do dinheiro é material, com ele se adquire coisas materiais. O poder do cumprimento de percentual é carnal, é o cumprimento de uma ordenança da Lei que expressa confiança na carne, ou seja, na capacidade humana (tem que ser no mínimo 10%).

Mas o poder da contribuição em justiça (que opera por amor) é espiritual, é o cristão ofertando independentemente de percentual, mas por puro amor e justiça; com ele o cristão se reveste da armadura de Deus, reputada como “armadura da justiça”.

Nas armaduras de Deus mencionadas pelo apóstolo Paulo em Efésios 6. 10-17, ela se identifica com a couraça da justiça, citada no versículo 14. Aos Coríntios, Paulo falando sobre contribuição, diz: “Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres: a sua justiça permanece para sempre” (2ª Co 9.9).
Irmãos, ao finalizar este capítulo, quero despertar à cada um para que se conscientize que a contribuição financeira efetuada de maneira adequada, exerce um papel muito importante na nossa vida. Pois o cristão deve agir ativamente em todos os aspectos espirituais e automaticamente na área financeira.
A contribuição financeira praticada com procedimento verdadeiramente espiritual, além de atender às necessidades da obra de Deus, também proporciona bênçãos ao próprio contribuinte. É exatamente deste assunto que falo com ênfase no capítulo 10 deste livro.

Peço-lhes, pois, irmãos, que suportem esta exortação; pois a minha missão diante de Deus é levar a todo cristão à prática correta da fé, em Cristo Jesus, Salvador e Protetor das nossas almas, ao Qual seja glória para todo o sempre.


Amém.

Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge



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