terça-feira, 10 de setembro de 2013

A LEI DE MANDAMENTOS CARNAIS E A LEI DA GRAÇA: Parte 1



Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus
não de obras, para que ninguém se glorie.
Efésios  2.  8 -9



Desfrutar verdadeiramente da salvação pela graça, significa: deixar para trás toda confiança nas ordenanças da Lei de mandamentos carnais, e passar  a  viver  100%  em  Jesus.

                            
DUAS  CONDIÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE OBRAS SÃO    CLARAMENTE  ENCONTRADAS  NA  BÍBLIA  SAGRADA:

Primeira: As obras realizadas pela Lei da liberdade (pela Graça de Cristo).

Segunda: As obras realizadas pela Lei de Mandamentos Carnais (pela capacidade humana).


As obras pela Lei da liberdade, são realizadas pelos justificados em Cristo Jesus (o homem as realiza por ser salvo).

As obras pela Lei de mandamentos carnais, são realizadas para ser salvo por elas (fora da graça de Cristo), o homem tenta realizá-las nas condições de próprio resgatador de si mesmo.

A Lei que condiciona a salvação pelas obras de mandamentos carnais, é nomeada também de: Lei de Moisés; são mandamentos, estatutos e juízos dados por Deus para o povo de Israel, por intermédio de Moisés; Lei esta, recebida no Monte Sinai (Lv 18.5).

É uma Lei que exige do ser humano, muita capacidade e perfeição para o seu cumprimento. Dentro dessas indispensáveis condições, o homem seria resgatado dos seus pecados pela própria capacidade, sem precisar da Graça de Cristo.


FOI  PARA  ISSO  QUE  DEUS  DEU A LEI, CONFORME ESTÁ ESCRITO:

a) “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles” (Lv 18.5).

b) “E dei-lhes os meus estatutos e lhes mostrei os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles” (Ez 20.11).

c) “Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: o homem que fizer estas coisas viverá por elas” (Rm 10.5).


Mas, devido à incapacidade humana, a Lei acabou aumentando ainda mais o pecado do homem, e revelando todo o seu estado de miséria diante de Deus, pelo que diz: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse” (Rm 5.20). 

Isso, evidentemente, porque as obras da Lei não são praticadas pela fé em Cristo, mas sim pela capacidade humana, ou seja, pela força da carne; por isso são consideradas obras de mandamentos carnais. “É a religião de baixo para cima”.

Essa Lei ao se deparar com a incapacidade e fragi-lidade humana acaba gerando o pecado, por falta do seu cumprimento. É quando o pecado toma força contra o ser humano por intermédio da Lei; é o que conferimos na expressão do apóstolo Paulo:
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” ( I Co 15. 56 ).

As obras do cristianismo, que vem pela lei da graça ou pela lei da liberdade, conforme relata Tiago (Tg 1.25; 2.12), são bem diferentes das obras de mandamentos carnais.

Pelas obras de mandamentos carnais, as quais o homem tenta realizar para ser salvo por elas, a capacidade humana tem que estar à altura da exigência da lei; enquanto na lei da graça que há em Cristo Jesus, a exigência da lei se ajusta à altura da capacidade humana. Por isto é chamada de “Lei da Graça”.

Por exemplo, em termos de assistência social, que é uma obra indispensável para a igreja, porém, se for ditada uma lei, que cada membro ajude certo número de necessitados com um determinado valor, não podendo ser menos, isso caracteriza obra de mandamento carnal.

 Pois é uma condição preestabelecida, que expressa confiança na carne; e pode algum membro não ter condição para isso; e na transgressão dessa determinação, o tal cometerá pecado.

Mas se deixar em liberdade para que cada membro contribua conforme a sua prosperidade, isto é, dentro de sua capacidade, qualquer valor com que alguém venha contribuir, contanto que haja amor no seu coração, o tal estará agradando a Deus e cumprindo assim a lei da liberdade, em Cristo Jesus, livre de qualquer transgressão e isento da maldição da Lei.

Por esta razão, Deus, pela Sua misericórdia, tirou dos nossos ombros as ordenanças do Antigo Pacto, as quais proporcionavam força ao pecado, para que vivêssemos segundo a Sua Graça; é o resultado da expressão do apóstolo Paulo aos romanos:
Porque onde não há lei também não há transgressão” (Rm 4.15).

Os apologistas do dízimo afirmam que o cristão deve 10 por cento de sua renda ao Senhor.
Apegam-se na ordenança da Lei de mandamentos carnais, registrada em Malaquias 3.8-10, a qual realmente cobra o dízimo do povo da Lei, comprometendo até a salvação de seu sonegador.

Dessa forma, seus princípios caracterizam a religião humana,
 “de baixo para cima”, é a religião baseada em obras da Lei (obras mortas).

Mas a religião do cristão não é humana, é divina, “de cima para baixo”, através dela Deus oferece ao homem a graça da salvação, por reconhecer a incapacidade humana de produzir obra de justiça.

A religião Divina consiste em salvação pela graça. Se a salvação tivesse preço, não seria com 10% do salário de alguém, por mais que ganhasse, que seria paga.

Por esta gloriosa razão, usa-se a seguinte afirmação:
Porque pela graça sois salvos. Por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).

Isto prova que não devemos 10% ao Senhor, o que devemos é a gratidão e o amor do nosso coração a Deus pela Sua obra. Isto significa que é para contribuirmos voluntariamente, e, às vezes, até com mais do que 10%, de acordo com a orientação de Paulo:



a)       Conforme propôs no seu coração


(II Co  9.7).



b)      Conforme a sua prosperidade”


(I  Co  16.2).

Muitos crentes ainda não aprenderam a se libertar da confiança na carne. Preferem ter o dízimo como lei, para gloriar-se nele e tê-lo como base para salvação.
Porém Paulo disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6.14).

Para esses que assim se gloriam, a qualquer irregularidade nas suas vidas, se escondem atrás do dízimo, dizendo: Mas eu sou dizimista, como isto pode acontecer comigo?”

 Isso é pura religião humana, “de baixo para cima”. Nela o homem tenta oferecer a Deus o produto da sua justiça, exigindo salvação, por não aceitar a incapacidade humana.

E nessa tentativa fracassada, continua oferecendo a Deus produto do Antigo Pacto (a Lei), como: guarda de dias meses e anos, dízimos, circuncisão, abstinência de manjares etc. etc.

Dar o Dízimo, ou praticar qualquer outra obra da Lei de mandamentos carnais como condição imprescindível à salvação, é praticar obra morta.

Paulo, ao demonstrar a inutilidade delas, afirma: “As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e indisciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne” (Cl 2.23).


 Na Obra de Redenção que Cristo realizou por nós, também foi cumprida a Lei do percentual de contribuição (a Lei do dízimo), e cravada na cruz.

Devemos crer que Jesus cumpriu com perfeição este percentual, pagou-o bem pago, e o consumou para sempre, dando-nos o seu real cumprimento pela Sua GRAÇA.

Portanto, 
Aquele que confia plenamente que Jesus completou a Obra de Redenção, não tenta repetir o cumprimento de obras de natureza legalista, as quais Ele já consumou por nós.


  Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge

5 comentários:

  1. Abençoamado JC
    A paz
    Estudo excelente. Caberia um direcionamento àqueles insensatos, referidos por Salomão no Prólogo do livro de Provérbios (Pv 1:7b)..."mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino".
    Quanto ao dízimo, digo que as contribuições para a realização da obra de Deus devem ter apenas a motivação espiritual (altruísmo-amor ao próximo). Não devemos dizimar em obediência a impulsos emocionais originados pelo emprego de técnicas psicológicas de sugestionabilidade e nem, tampouco, em atenção a um vicioso legalismo que, restringe o ótimo, o que é melhor para Deus, a um padrão vigente: 10%.
    Belo trabalho JC – Muitosbens, em substituição aos para bens.
    Seu conservo em Cristo.
    Alberto

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  2. Olá Multiplicador Araújo, boa noite!

    Educador, vejo através de seus seguidores/parceiros/comentários que nossa família estar crescendo. Que bom! A ideia é essa mesmo.

    Estamos convidando você a:

    - Conhecer os novos blogs divulgados;
    - Saber quem são os multiplicadores do mês;
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    _ Também saber as novidades.

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    O projeto crescerá com a união e a divulgação de todos nós. Mais uma vez, obrigado pela parceira e amizade.

    Excelente semana, fiquemos na Paz de Deus e até breve.

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  3. Meu querido irmão, quero retribuir a visita que a irmã Lucy fez ao meu blog, onde solicitou que visitasse o seu, aproveito a oportunidade para lhe parabenizar e informar que também serei um seguidor. Abraços

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    Respostas
    1. Pastor Timóteo Miranda, agradeço sua visita e comentário.
      Quanto a possibilidade de tornar-me um seguidor do seu blog, é necessário que o irmão deixe o endereço do mesmo, pois através do seu comentário e foto, não foi possível encontrá-lo na blogosfera.

      P.S. Peço que retorne ao meu espaço e deixe o seu link para possibilitar o acesso ao seu blog.

      Paz Seja Contigo,
      J.C.de Araújo Jorge

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  4. meus parabéns pelo blog nos visite de volta e nos segue também que a paz de jesus esteja sempre convosco.

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