No cristianismo não se repreende o devorador com dízimo ou algum outro valor financeiro, mas sim pela justiça da fé no poder do nome de Jesus.
A Palavra de Deus nos ensina que, com o escudo da fé, poderemos apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Observemos a grande diferença que existe entre o CRISTIANISMO e o povo da ANTIGA ALIANÇA (DA LEI), referente à posse do poder de Deus para repreensão do devorador e para toda realização de maravilhas:
“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19).
Neste versículo Jesus concede imunidade absoluta aos discípulos sobre a ação do devorador, e deixa claro que o devorador não tem poder sobre o cristão, mas sim o cristão sobre o devorador
O verdadeiro cristão, por ser dotado do poder de Deus, recebe automaticamente a proteção divina, tornando-se assim intocável pelo maligno. O apóstolo João conscientizou a Igreja sobre a imunidade do verdadeiro cristão, dizendo:
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18).
O povo da Antiga Aliança (da Lei), de modo geral, não recebia (por falta de condição espiritual) o poder para expulsar demônios, curar os enfermos e demais operações de maravilhas, como recebe o povo da Graça (o cristianismo).
Na época da dispensação da Lei, tal poder era concedido somente aos ungidos de Deus, os quais eram: profetas, reis e sacerdotes. Só esses tinham poder para realização de maravilhas.
Na Lei, o próprio Deus repreendia o devorador diretamente. Como o dízimo fazia parte da Lei, Deus prometia, mediante a guarda da Lei, repreender o devorador.
Em termos da posse do poder de Deus, existe grande diferença entre o povo da Antiga Aliança, e o povo da Nova Aliança.
Observemos que, para o povo dizimista (da Antiga Aliança), Deus diz:
“Eu repreenderei o devorador” (Ml 3.11), enquanto para o povo da Nova Aliança (da Graça), diz:
“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19).
No próprio capítulo 3 de Malaquias, enquanto Deus diz ao povo DIZIMISTA:
“Eu repreenderei o devorador” (Ml 3.11), observemos que no mesmo capítulo, do versículo 1 ao 5, quando a profecia refere-se à salvação e à contribuição financeira do povo da “Nova Aliança” (do cristianismo).
Deus muda a ordem de operação, dizendo que será uma testemunha contra o “devorador” cujo espírito está nos feiticeiros, nos que juram falsamente, nos que defraudam os jornaleiros, nos que pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro (Ml 3.5).
Para o povo dizimista (que vivia segundo a lei), Deus repreendia o devorador, porém para o cristianismo, que segundo Malaquias 3.3 “traria ofertas em justiça”, Deus, por lhe conceder poder e autoridade para tal realização, disse: “Eu serei uma testemunha.” (Ml 3.5).
No cristianismo, Deus dá poder e autoridade para o Seu povo expulsar os demônios, curar os enfermos, e toda realização de maravilhas, e fica presenciando como testemunha.
Enquanto na Lei, só quem usava este poder eram os ungidos de Deus: profetas, reis e sacerdotes. Geralmente só estes recebiam a unção do poder do Espírito Santo de Deus.
Aliás, existem obreiros no cristianismo, querendo seguir esta linha; dizendo que só os pastores, bispos, anciãos, evangelistas, são os ungidos de Deus. Isto é, no mínimo, pobreza de sabedoria espiritual.
No cristianismo, todos, não só podem como devem receber o poder de Deus e a Unção do Espírito Santo.
A Unção do cristão é o recebimento do Espírito de Cristo. E isto se alcança pelo batismo da fé. Paulo, escrevendo aos gálatas, confirma: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo.
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gl 3.27-28). E aos romanos ele deixa claro ao dizer:
“Aquele que não tem o Espírito de Cristo, este tal não é dele” (Rm 8.9). Isto significa que quem é dEle é Ungido; do contrário, não é dEle.
João, ao escrever sua Primeira Epístola, dirige palavras de conforto à Igreja de Deus, confirmando a sua Unção: “E vós tendes a Unção do Santo, e sabeis tudo” (1 Jo 2.20).
Jesus declarou a generalidade do uso do Seu poder a todo e qualquer cristão, quando disse: “Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: ergue-te e lança-te ao mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito” (Mc 11.23).
Quando Jesus diz: “Qualquer que disser”, a palavra “Qualquer”, exclui, neste caso, posição eclesiástica, mas qualifica pelo nível da fé.
A hierarquia eclesiástica é de muita importância na organização administrativa da igreja, pois cada obreiro é separado para exercer seu respectivo cargo por ter adquirido, diante da igreja, confiança de fé e experiência para a realização da obra de Deus.
Por esta razão, a Igreja é orientada a que, estando alguém doente, chame o obreiro para orar sobre ele (Tg 5.14).
Mas nem por isso o obreiro deve agir exaltadamente diante de Deus, e diante da Igreja, como se soubesse mais do que todos, nem como se achando o maior.
É importante esclarecer que Jesus nos declarou a igualdade quando advertiu: “Vós, porém, não quereis ser chamados Rabi, porque um só é o vosso mestre a saber, o Cristo, e todos vós sois irmão” (Mt 23.8).
No capítulo 16, versículos 17 a 18 do Evangelho de Marcos, a generalidade do poder dos cristãos mais uma vez fica clara quando Jesus determina o que pode ser realizado em Seu nome, e quem pode realizar, ao dizer:
“E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão nas serpentes, e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.
Observe o leitor, que Jesus delega poderes a todos os cristãos, quando determina: “e estes sinais seguirão aos que crerem”. Aqui Jesus não especifica pastores, bispos, anciãos ou qualquer outro obreiro, tampouco posição social, condição financeira, mas deixa claro que é para aquele que crê.
O fator principal para que o cristão receba a Unção e tome posse do poder de Deus, não consiste em posição eclesiástica, condição financeira, mas sim no nível alcançado de fé e de sabedoria no Espírito Santo.
Existem obreiros apascentando o rebanho de Deus como se fossem donos dele; já se ouviu a respeito de alguns obreiros que dizem que a Igreja deve seguir as suas ordens independentemente de estarem certas ou erradas.
Mas a verdadeira orientação espiritual é para que não aceitemos nenhuma imposição herética, para não cairmos na servidão da vontade de homens: “Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos dos homens” (I Co 7.23).
Quando os apóstolos foram interrogados e repreendidos pelo sumo sacerdote a respeito de não terem obedecido suas admoestações heréticas, os apóstolos lhe responderam, dizendo: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.28-29).
Portanto, voltando ao assunto da repreensão do devorador, somos esclarecidos pelo Espírito Santo, que, no cristianismo, não é com o poder do cumprimento de percentual financeiro que se repreende o devorador, mas sim pela ação espiritual aliada à fé no poder do nome de Jesus.
Existem muitos obreiros confundindo o poder de Deus com dinheiro. O poder de Deus, para curar enfermos, expulsar demônios e para toda realização de maravilhas, não se consegue com dinheiro, como muitos pensam e ensinam.
Um dos exemplos disto encontra-se registrado em Atos 8.5-24, quando Simão mágico, ao se tornar crente, estava atônito diante dos sinais e maravilhas que os apóstolos realizavam, ao curar enfermos, expulsar demônios, e, inclusive, a imposição das mãos que faziam com que os cristãos recebessem o Espírito Santo.
Simão, maravilhado com tudo aquilo, e sabendo que a obra de Deus era carente de contribuição financeira, propôs dinheiro aos apóstolos, dizendo: “Dai-me também a mim esse poder”.
Se os apóstolos fossem como alguns pregadores de dízimo, que dizem que se expulsa os demônios com dízimo, ou até com o envelope do dízimo, eles se aproveitariam da oportunidade para usar Malaquias 3.10, dizendo que era só trazer o dízimo e estaria tudo certo.
Mas aqueles homens, cheios do Espírito Santo, e visando defender a verdade do Evangelho, responderam-lhe dizendo: “Teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro” (At 8.20).
Simão, diante da repreensão dos apóstolos, reconheceu o seu erro e, arrependido, pediu oração para que nada do que os apóstolos disseram viesse sobre ele (At 8.24). Simão, ao ser despertado do seu erro, ainda teve a felicidade de humilhar-se diante de Deus para recuperar-se espiritualmente.
Será que esses obreiros que têm colocado fardos pesados sobre a cerviz dos discípulos, confundindo o poder de Deus com dinheiro, terão a mesma felicidade que teve Simão, de reconhecerem o seu erro e se corrigirem diante da repreensão e esclarecimento do Espírito Santo? Deus espera que sim.
Próximo post:
Como repreender o devorador?
Final
EM
A Contribuição Cristã e o DízimoEM
Paz Seja Contigo!
Bless you my friend.
ResponderExcluirJ.C.DE ARAÚJO JORGE,
ResponderExcluirsou seu mais novo seguidor e cheguei até aqui, através da LUCY que, generosamente visitou e tornou-se seguidora do meu blog: FALANDO SÉRIO.
Naquela oportunidade, indicou o seu blog e estou muito satisfeito com o que li sobre "Como repreender o devorador" e destaco quando você citando Paulo aos Gálatas ele diz:
"Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo".
Eu sou um deles!
Sempre estive com Ele em meu coração.
Um abração carioca.
Completo é o seu blog. Obrigado por visitar o meu espaço! Edificantes matérias as suas postagens. DEUS te abençoe e te guarde! Pb. Aristides.
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