Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; o percentual de 10% regido pela Lei, Cristo já cumpriu por nós, cravando-o na cruz para que fôssemos salvos pela Sua Graça.
Por que, agora, voltarmos aos rudimentos do mundo,
praticando novamente ordenanças da Lei?
Isso seria, sem dúvida, fazer agravo ao Espírito da Graça!
Por que, agora, voltarmos aos rudimentos do mundo,
praticando novamente ordenanças da Lei?
Isso seria, sem dúvida, fazer agravo ao Espírito da Graça!
Comecemos este capítulo analisando um texto bíblico referente à contribuição financeira do povo que vivia debaixo da Lei (fora da Graça de Cristo), para em seguida compará-lo a um texto bíblico referente à contribuição do povo da Graça, para que se revele a diferença de regime de contribuição financeira entre o POVO DA LEI e o CRISTIANISMO:
“Malaquias 3.8-10”
(8) “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas”
(9) “Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação”.
(10) “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança”.
Observe o leitor que, baseando-se no texto acima, que é o ponto principal usado para cobrança de dízimo do povo que estava debaixo da Lei, não há nele chance para contribuir com menos de 10%, até porque o versículo 8 acusa o tal contribuinte de roubador de Deus, e o versículo 9 determina a maldição sobre ele, dizendo:
Com maldição sois amaldiçoados.
Isso quer dizer que, além do tal contribuinte não receber a bênção, ainda é amaldiçoado. Essa é a realidade da expressão do texto supracitado, pois está em compatibilidade com a maldição da Lei, determinada em Deuteronômio, para aquele que descumprir qualquer ponto da Lei: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei não as cumprindo” (Dt 27.26; 28.15-68).
Por isso é bem correto pregar esta maldição sobre aqueles que estão debaixo da Lei e não dão o dízimo. Paulo prega para aqueles que querem estar debaixo da Lei, dizendo:
“Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito:
maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gl 3.10).
Mas para aqueles que querem viver em Cristo, diz: Mas o justo viverá da fé (Gl 3.11).
Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, isto é, cumprindo-a em nosso lugar (Gl 3.13). Tirou dos nossos ombros tais ordenanças, como:
circuncisão, percentual de contribuição preestabelecido pela Lei (o dízimo), sacrifícios de animais, guarda de dias meses e anos, etc. etc., conforme está escrito:
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (CL 2.14).
Vale ressaltar que o dízimo é, incontestavelmente, conteúdo desta cédula, a qual a Bíblia Sagrada afirma claramente que Jesus riscou, tirou do nosso meio e cravou na cruz.
Porém, como já aprendemos acima, os defensores do dízimo têm toda razão de pregar a maldição e chamar de roubadores àqueles que estão debaixo da Lei e não dão o dízimo.
Inclusive, seguindo à risca esta Lei, nem salvação pode haver para o tal; pois quem rouba a Deus e está debaixo da maldição, realmente não é salvo.
Mas, faço aqui uma pergunta: se esta Lei fosse válida para o cristianismo, poderíamos contar com muitos salvos nas igrejas?
A lição 8, do livro Discipulado, Aluno 1, publicado pela CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), diz:
“Se todos os crentes pagassem o dízimo, não haveria necessidade de a igreja lançar mão de campanhas financeiras para realizar suas tarefas”. E ressalta, dizendo:
“É pequeno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento”.
Diante desse relato, poderíamos imaginar que também fosse pequeno o percentual de salvos dessa Igreja, não é mesmo?...
Porém nós (os que somos esclarecidos pelo Espírito Santo) sabemos que não é assim; pois conhecendo o testemunho da mesma, a reconhecemos como Igreja poderosa em Cristo Jesus , santa na sua maioria, e que o seu número de salvos é bem maior que o número dos que dão o dízimo.
E por outro lado, sabemos que o grande erro não está na Igreja, por não pagar dízimo, mas sim nos seus obreiros, que colocam sobre a cerviz dos discípulos um jugo que (conforme diz a Bíblia) nem nossos pais, nem nós pudemos suportar (At 15.10).
Sabe-se, também, de uma linha de igrejas que cobra dízimos, que os seus próprios pastores não são dizimistas; estendem as mãos e exigem de seus fiéis o que eles mesmos não praticam.
Certa feita, Jesus referiu-se a esse tipo de obreiros, dizendo:
“Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los”
(Mt 23.4).
Pois bem, no começo deste capítulo, ficou comprovado que, segundo a Lei do dízimo, não há chance para contribuir com menos de 10%, pois além desse contribuinte não receber a bênção, ainda é amaldiçoado.
Essa é a realidade da expressão de Malaquias 3.8-10 (citada acima), direcionada ao povo que vivia debaixo da Lei.
Observemos no versículo transcrito a seguir que a determinação divina para a contribuição na Nova Aliança, isto é, para os cristãos, é descrita em condições diferentes.
Isto seria uma contradição na Palavra de Deus, se fizesse parte da mesma aliança de Malaquias 3.8-10.
Vejamos então: “E digo isto: que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2 Co 9.6).
No versículo acima, a determinação de contribuição financeira dirigida ao cristianismo, declara que a bênção é derramada sobre qualquer percentual de contribuição; qualquer percentual é aceito diante de Deus, com promessas de bênçãos; muito ou pouco, porém a bênção é proporcional à contribuição:
se pouco, recebe pouco; se muito, recebe muito, mas qualquer percentual é aceito.
Esse “pouco ou muito”, mencionado neste versículo, é determinado única e exclusivamente pelo nível das possibilidades de cada um. Como por exemplo: muitas vezes, diante de Deus, uma contribuição de 5% de uma pessoa que ganha pouco, pode ser considerada muito, enquanto uma contribuição de 15% de outra pessoa que ganha muito, pode ser considerada pouco. O que realmente conta diante de Deus é a justiça com que contribuímos (Ml 3.3; Is. 11.4).
Contudo, entendemos, através do versículo supracitado (2 Co 9.6), que no regime da Graça, mesmo contribuindo com pouco, isto é, abaixo das possibilidades, ainda se recebe a bênção; embora seja proporcional; ao contrário de Malaquias 3.8-10, quando o que se recebia era a maldição da Lei. A pregação do dízimo no cristianismo entra em contradição, inclusive, com este versículo.
O livro de Malaquias, de modo geral, foi escrito a um povo que vivia em uma época ainda fora da graça de Cristo; por isso continuava sendo regido pela Lei de Moisés.
Exceto uma profecia para o cristianismo, a mensagem, de modo geral, foi direcionada ao povo que vivia debaixo da Lei e ainda tinha que guardá-la.
Veja que a mesma expressão feita no capítulo 3, versículos 8 ao 10, para cobrança do dízimo, é feita também no capítulo 1, versículos 1 ao 8, para celebração de sacrifícios de animais:
“O filho honra o pai, e o servo, o seu senhor; se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor?
Diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome.
E vós dizeis: em que nós temos desprezado o teu nome? Oferecereis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.
Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isto não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isto não é mau?
Ora, apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado de ti? Ou aceitará ele a tua pessoa?
Diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1.6-8).
Através deste texto, entendemos claramente que o livro de Malaquias foi escrito, como já foi expressado acima, para que o povo daquela época guardasse a Aliança Levítica determinada no Monte Sinai (chamada lei de Moisés), e não para o cristianismo.
Tanto que no capítulo 2, versículo 4, diz: “Então sabereis que eu vos enviei este mandamento para que a minha aliança fosse com Levi, diz o Senhor dos Exércitos.”
E no versículo 8 do mesmo capítulo:
“A muitos fizestes tropeçar na lei, corrompestes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 2.8).
Ao encerrar o livro, Deus desperta o povo por intermédio de Malaquias, para que continue guardando a lei de Moisés, quando diz: “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horebe, para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos” (Ml 4.4).
As referências acima deixam claro que existe grande diferença entre as obras do cristia- nismo e as do povo israelita que vivia na lei de Moisés.
A grande diferença existe, inclusive, na determinação da contribuição financeira.
Observa-se que a expressão da parte de Deus ao determinar a prática de contribuição para o povo da Aliança Levítica, é uma, e para o Cristianismo (povo da Nova Aliança) é outra.
Esta realidade encontra-se dentro do próprio livro de Malaquias:
Observemos Malaquias 3.1-5:
(1): Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
(2): Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
(3): E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata: então ao Senhor trarão ofertas em justiça.
(4): E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos.
E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos. (Ml 3.1-5).
Apesar de o livro de Malaquias ter sido, de modo geral, direcionado ao povo israelita, no que tange a guarda da Lei, houve esta profecia dirigida ao Cristianismo (ao povo da Nova Aliança).
O mensageiro que prepararia o caminho diante do Senhor, mencionado no versículo 1, é João Batista; e o Senhor, a quem vós buscais, é Jesus Cristo.
Isto nos deixa bem claro que a profecia se refere ao Cristianismo. E aí, é quando a Palavra de Deus esclarece a contribuição financeira no tempo da Graça (no cristianismo), dizendo:
“Trarão ofertas em justiça”
(ML 3.3).
(ML 3.3).
Vejamos que a contribuição financeira profetizada para o tempo da graça, é transformada de dízimo para “Ofertas em Justiça”.
Quando Deus falou para o povo que estava debaixo da Lei, disse:
“Trazei todos os dízimos”, mas quando referiu-se ao povo cristão (no futuro, no tempo da Graça), disse: “Trarão ofertas em justiça”.
“Trazei todos os dízimos”, mas quando referiu-se ao povo cristão (no futuro, no tempo da Graça), disse: “Trarão ofertas em justiça”.
Como em nenhum outro livro da Bíblia se encontra a determinação de contribuição financeira para os cristãos ordenada em forma de dízimo, no livro de Malaquias não poderia ser diferentes.
Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge
JC de Araújo Jorge
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