sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO - Parte 3




Contudo, a nossa salvação é pela Graça de Cristo, porque a Lei que precisava ser cumprida para o nosso resgate, representada pelas duas tábuas de pedra que estão dentro da Arca, Jesus já cumpriu por nós, dando-nos o seu perfeito cumprimento pela Sua Graça. (E o dízimo está incluso).


Há duas maneiras para se cumprir a Lei:

 Primeira: pela sua prática total, sem tropeçar em um só ponto (Gl 3.12; 5.3-4; Rm 10.5; Mt 23.23; 1 Tm 1.8).
Segunda: pela fé em Cristo, ou seja, se alimentando nEle, sem a prática da Lei:
“Àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé
 lhe é imputada como justiça” 
Rm 4. 5
Veja também: Jo 15.5; 6.57; Ef 2.8.

Observamos então, que a melhor maneira para que a justiça da Lei se cumpra em nós, é o revestimento de Cristo pelo batismo da fé, conforme está escrito: batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo (Gl 3.27-28).

Porém alguns, hoje, estão se batizando também em Moisés, outros em Melquisedeque; mas a Igreja verdadeira se batiza somente em Cristo Jesus (que já cumpriu a Lei do dízimo por nós) e que é o nosso único e suficiente Salvador.
A Ele, glória para todo o sempre. Amém!
        
A prática do dízimo no cristianismo é anti-bíblica. Tenho registros em mãos, os quais dizem que a Igreja só começou a cobrar dízimo por volta do ano 600 d.C.

Sabemos que nessa época parte de sua administração já havia se corrompida, devido a alguns maus obreiros que à ministravam. Paulo, prevendo coisas deste tipo, instruiu os anciãos da igreja de Éfeso, dizendo:
“Porque eu sei isto: que depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis que não perdoarão o rebanho” 
At 20. 29
No versículo 33 ele justifica-se:
“De ninguém cobicei a prata, nem o ouro”.

Sabia ele que, quando os lobos entrassem na administração da Igreja, iam cobiçar prata e ouro. Nessa cobiça forçam até os pobres necessitados a praticarem a lei do dízimo (Mt 23.4).
Mas Paulo adverte, no capítulo 6 da sua Primeira Epístola a Timóteo, que não entre por esse caminho, praticando esse tipo de obra. No versículo 10 ele diz: 
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males”.
E no versículo 11: 
“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão”.
O cristão deve contribuir, sim, porém, de maneira espontânea, não pela lei de mandamentos carnais, mas pela lei da liberdade, segundo o sentimento do coração, conforme a expressão do apóstolo Tiago:
“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisto persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, 
este tal será bem-aventurado nos seus feitos” 
Tg 1. 25
Confira também, Tg 2.12.
A lei da liberdade dispensa a ordenança de percentual, mas interessa-se no propósito do nosso coração; o apóstolo Paulo nos conscientiza desta realidade, dizendo:
 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”
 2ª Coríntios 9.7
Ao crente que tem consciência de sua responsabilidade diante de Deus, não é preciso que lhe determine a quantia ou o percentual que deva contribuir, pois contribui com o máximo que pode.

A viúva pobre, quando deu o que tinha (o máximo que podia Lc 21.1-4), não o fez com base em dízimo, mas em contribuição espontânea.
A denominação evangélica que ordena o percentual de contribuição, demonstra dúvida quanto à espiritualidade dos seus membros, visto que 1 Timóteo 1.9-10 declara que a lei não é feita para os cristãos, mas para os ímpios, para os profanos, para os que são contra a sã doutrina.
Portanto, cristãos, não podemos nos deixar influenciar pelo espírito legalista, ou seja, não devemos de forma alguma associar a contribuição cristã a cumprimento de percentual.
Os defensores do dízimo alegam o seguinte: 
“O dízimo é um percentual de referência mínima para estabelecer o piso de contribuição cristã”.

Mas, na realidade, tal alegação não confere com a verdadeira doutrina cristã.
Pois segundo o ensinamento do Evangelho de Cristo, o Espírito da Graça não estabelece piso nem teto de contribuição.

O percentual preestabelecido como contribuição mínima (como alegam) é pura lei de mandamento carnal.
Devemos entender que o obreiro tem o direito e o dever de apresentar as necessidades financeiras da obra e incentivar os cristãos a contribuírem, mas não tem o direito de determinar o valor ou o percentual com que cada cristão deva contribuir, pois dessa maneira, a contribuição cristã já não seria pelo propósito do coração de “cada um” (como manda a Bíblia, 2 Co.9.7), mas pelo propósito do coração do obreiro.
Isso significa que cujo obreiro não está confiando na espiritualidade da igreja e, pela carne, quer realizar a obra que só o Espírito Santo pode realizar.


Mas, tal condição não deve ser aceita:
“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão"
Gl 5. 1

“Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” 
Gl 5. 18 


Paz seja com todos!
JC de Araújo Jorge

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